#A CASA-DO-SER E A UTOPIA DO ESPÍRITO DA VIDA NA POESIA FILOSÓFICA DE Sonia Gonçalves# - Manoel Ferreira Neto: ENSAIO POÉTICO-FILOSÓFICO


Em princípio, a poetisa Sonia Gonçalves conceitua o que é isto - a casa, conceituação que se re-vela nos primeiros versos, desde "Onde só se dorme e come o fruto" até "De algum tronco venusto". Neste princípio poético de conceituação, pensamos tal conceituação se refira à casa apenas, o lugar de residência do homem, mas um verso ad-verte nossa atenção "É ramo de um pensamento": não nos enveredemos a sentir esta casa como simples moradia do homem. Nesta casa reside o ramo do pensamento. Então, sentimos ser esta casa a "casa-do-ser". Esta casa-do-ser "Casa bem com a floresta": o ser do pensamento, das idéias, dos ideais, dos sonhos, das esperanças, das utopias que no velar e des-velar da natureza a luz da sapiência se engenha, engenhar aqui no sentido de artificiar a "poesia" do ser que habita a floresta, símbolo, signo, metáfora da alma humana que se "aboleta de sonho", "se apoeta de pluma", e engenhando o aboletar de sonho em síntese com o "apoetar de pluma" emerge a Arte, a Poesia, o Ser que são as dimensões transcendentes do Homem - e que ele sendo e estando no mundo busca artificiar para o encontro com o Espirito da Vida. Viver de Sonho e Poesia é o Pro-jecto, habitar esta "casa-do-ser na floresta" é a Utopia da poetisa, a Vida Perfeita. Nossos excelsos cumprimentos, poetisa Sonia Gonçalves, por esta obra-prima da poesia filosófica.



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