**SEMANA //Blog **BO-TEKO DE POESIAS** - 18-24 DE NOVEMBRO DE 2016** - Manoel Ferreira


KIERKEGAARD E O NASCIMENTO DO EXISTENCIALISMO






Sören Aabye Kierkegaard nasceu em 5 de maio de 1813, em Copenhague, Dinamarca, Era filho de um comerciante casado em segundas núpcias com uma doméstica. Deste segundo casamento, nasceram sete filhos, do qual Sören foi o último sendo seus pais já relativamente idosos. Cinco de seus irmãos morreram antes dele e o próprio Sören viveu apenas 42 anos. O único sobrevivente dos irmãos tornou-se bispo luterano. Em sua família, sobretudo em relação à figura do pai, Kierkegaard julgava ver a marca de um destino trágico e misterioso. Ele falava que seu pai possuía uma obscura culpa, e foi a descoberta desta que, segundo Kierkegaard, constituiu-se no "grande terremoto" de sua vida. Não temos certeza do que tenha sido esta culpa paterna, mas, seja lá o que fosse, ao determinar um relacionamento mais complexo e doído com seu pai, acabaria por representar uma espécie de lâmpada no escuro, permitindo-lhe desenvolver uma compreensão "existencialista" de sua vida.
Herdeiro de uma melancolia religiosa quase doentia que impregnava sua família, este "espinho na carne", essa busca de se entregar ao verdadeiro sentido divino da existência, levou Kierkegaard a renunciar a realização de seu ideal ético e humano de se casar com a bela e doce Regina Olsen. Mesmo apaixonado, Kierkegaard pensava que "um penitente como eu, com a minha vida ante acta e a minha melancolia... já devia ser suficiente", ou seja, ele não queria expor sua amada à angustia de sua busca espiritual, nem queria que o casamento fosse empecilho a isto, o que não o impediu de sofrer amargamente até o fim da vida a perda de sua paixão: "eu serei teu ou te será permitido me ferir tão profundamente, no mais íntimo de minha melancolia e de minha relação com Deus que, ainda que de ti separado, continuo sento teu". Para ele, um penitente, alguém que se entrega ao ideal cristão da vida, com toda a radical seriedade que isto implica, não poderia viver a serena existência de um homem casado. Não poderia aceitar a sua inscrição na ordem constituída. Não poderia ser mais um homem entre tantos outros homens. Ele queria ser, antes de tudo, cristão. Regina, mais tarde, casou-se com outra pessoa, mas Kierkegaard nunca a esqueceu, e nutria a cândida esperança de que a oposição ferrenha do mundo à sua filosofia pudesse conferir aos olhos de Regina novo valor à sua vida, e pudesse, assim, perdoá-lo pelos sofrimentos decorrentes do rompimento do noivado que, ademais, foi o suficiente para por quase toda a burguesia de Copenhague contra ele.
Desde muito cedo, Kierkegaard foi vítima de chacotas e toda de sorte de agressividade. Tudo isso por causa de sua ferrenha crítica de toda a cultura européia e da filosofia hegeliana, bem como da filosofia romântica, naquilo em que elas demonstraram ser excessivamente parciais: a ênfase quase que exclusiva no universal e no coletivo em detrimento do individual. Isto parecia tirar - e, de fato, formava um pretexto ideal para tirar mesmo - a responsabilidade individual perante a própria vida, responsabilidade essa que também influi no social.
Kierkegaard costumava dizer que seu tempo se caracterizava por uma ingênua aceitação das premissas burguesas e de idéias vindas de cima para baixo, sem questionamento. Tempo em que não se via quase nenhuma paixão e engajamento em valores espiritualmente significativos, criticando, por isso, a atitude preguiçosa e acomodada da Igreja. Ser cristão, para ele, significara seguir, de verdade, na prática, toda a práxis deixada por Jesus:"O Cristianismo é de uma seriedade tremenda (...). Ser Cristão é sê-lo no espírito, é a inquietude mais elevada do espírito (...)". Entretanto, depois de dois mil anos, "tudo se tornou superficialidade na cristandade atual". O que há é uma disputa calculada para se manter o poder de consciências, e Kierkegaard se choca diante da realidade última de que, dentre todas as chamadas heresias, ninguém se dê conta da mais perigosa e sutil de todas: a de "fingir ou brincar de cristianismo", como o fazem as igrejas católica e protestante.
FILOSOFIA



Kierkegaard doutorou-se aos vinte e oito anos com a tese O conceito de ironia em Sócrates. Para Kierkegaard, Sócrates era pensador existencial, uma pessoa que focalizava toda a sua existência para dentro de sua reflexão filosófica. Sua crítica aos românticos estava exatamente neste ponto: eles não refletiam suficientemente sobre o ser enquanto unidade ou totalidade individual, ente existente e original, indivíduo responsável por sua própria vida. De igual forma, Kierkegaard voltou-se contra a filosofia de Hegel enquanto "sistema" que era usado como espécie de paradigma infalível que tenderia a explicar tudo. Para Kierkegaard, as "verdades objetivas" e a "filosofia especulativa", quando voltadas ao externo - como na filosofia hegeliana - eram muito pouco significativas para a qualidade existencial do homem enquanto indivíduo. Mais importante que a busca de uma, ou algumas, verdade(s) geral(is), era a busca por "verdades" que fossem significativas para a vida de cada indivíduo, para cada um. Normalmente as pessoas que aderem rigidamente a uma teoria, e se orgulham de serem "objetivos", se esquecem que também são pessoas e que sua adesão a um sistema teórico é mais questão de escolha e preferência do que de objetividade. Utilizando-nos de um exemplo moderno, um psicanalista, por exemplo, freqüentemente enche a boca para falar da teoria de Freud como "a verdade": senão a verdade total (admitir isso seria parecer ingênuo), com certeza se apresenta como a mais racional para explicar o mundo dos comportamentos humanos. Ora, esta premissa aprioristica de que uma teoria é a correta para explicar coisas já a coloca, implicitamente, pelo sujeito que a elege, junto com ele mesmo por elegê-la, num ilusório e vaidoso patamar de superioridade intelectual, e instala-se a disputa entre "a minha teoria - a correta - e as demais". Não se ventila o fato de que a teoria é aceita por uma questão de preferência pessoal, por uma identificação entre a concepção de homem do psicanalista e a visão de homem da teoria freudiana. A objetividade acaba sendo uma questão fantasiosa. Disputa-se a primazia da melhor argumentação interpretativa.
Nisso a pessoa esquece dos próprios anelos, sonhos, desejos, aspirações que não se enquadram perfeitamente bem na teoria, a não ser que se utilize de artifícios de retórica. Esquece-se de que é uma pessoa bem mais complexa do que pode ser entendida em algumas linhas escritas num livro ou em meia dúzia de parágrafos racionalmente bem elaborados. Além do mais, quando atrelado de modo rígido à teoria, a pessoa fica na expectativa de observar comportamentos "esperados", e acaba por induzir outrem, de uma forma ou outra, a agir conforme o esperado. O "outro" deixa de ser o outro per si, para ser um fantoche que age sutilmente de acordo com um enredo pré-estabelecido pela teoria, no caso, a teoria psicanalítica. O doutor psicanalista se apresenta ao "paciente" como alguém que fosse mais que uma pessoa como outra qualquer: é o "DOUTOR" capaz de explicar, ou de entender, melhor que o próprio paciente, os seus próprios problemas e os mistérios da psique humana.
Como bem frisou Jostein Gaarder, Kierkegaard não está interessado em construir teoria ou descrição genérica do ser humano. O que lhe interessa é o existir, o fato de haver uma pessoa aqui e agora, com tudo o que possa experimentar à sua volta. Ninguém vivencia a vida plenamente se ficar trancado dentro de biblioteca, teorizando ou discutindo sobre o que dizem que é a vida, qual o sentido da vida. Reduzir-se a isto pode dar a impressão de intelectualidade, mas será uma intelectualidade superficial e, muitas vezes, amarga. Por mim, chamaria isto de intelectualoidismo. Apenas quando vivenciamos, quando agirmos, quando fazemos escolhas e ousamos experimentar, ousamos nos comprometer, ousamos sujar as nossas mãos, é que nos relacionamos com a própria existência, portanto indo além de um mero projeto mental do que seja a existência. Voltando ao exemplo da psicanálise, quando alguém está sofrendo uma dor na alma ele não quer saber se isso é o resultado de um complexo edipiano mal resolvido, ou se suas pulsões entram em conflito com um supergo que pressiona o ego a controlar os anseios de um id, do mesmo modo como uma pessoa que é ferida por uma seta envenenada não tem qualquer interesse de saber de que tipo é o veneno que o ameaça. Ele quer o alívio e a cura que o possibilitem existir, quer alguém que lhe extraia a seta envenenada e o ajude a viver. E é isso que é essencialmente importante: viver, viver tanto quanto possa ser possível no curto período de tempo que passamos na terra. Não dá pra perder tempo especulando ou construindo modelo teórico apenas com o objetivo de ser mais aceitável e melhor que qualquer outro sobre o mecanismo energético do psiquismo humano alimentado por uma energia de natureza sexual chamada libido, etc, funcionando como se fosse um aparelho hidráulico.
Isso simplesmente é um modelo, ou um mapa, não o território, e ainda assim voltado apenas para um aspecto do complexo psíquico humano, portanto não pode ser uma descrição acurada da realidade. A contribuição de Freud para a compreensão do psiquismo humano, notadamente quanto ao inconsciente, é inquestionável, mas ele também deixou em sua obra uma visão pessimista de homem e de mundo que tem condicionado e reforçado muito do aspecto negativo de nossa civilização através do que hoje se convêm chamar a psicanálise como uma ética, conceito muito caro aos lacanianos.
Kierkegaard também postulou que a verdade é subjetiva, pois o que é realmente importante é pessoal. O cristianismo é verdade? Esse é um grande exemplo de que existem questões que não podem ser encaradas do frio e mecanicista ponto de vista teórico ou acadêmico, eivado de preconceitos, discriminações, dogmas. "Para alguém que se entender como algo que existe, trata-se aqui de uma questão de vida ou morte. E isso não se discute simplesmente porque se gosta de discutir." (Gaarder, 1995). Em outras palavras, e usando outro exemplo, quando alguém cai na água, não fica teorizando sobre sua composição, ou se vai ou não se afogar. Caiu na água e neste instante tem de fazer alguma coisa pra se manter vivo. Tem de encarar o momento e experimentar um modo de usá-lo em proveito próprio. Quanto à questão do Cristianismo, é preciso distinguir entre a questão filosófica de saber se Deus existe e a relação do indivíduo para com essa mesma questão. Cada um vai ter de enfrentar, ou não enfrentar, tais questões sozinhos. E, ademais, temos nossas emoções e nossas crenças. Kierkegaard não considera essencial aquilo que somos capazes de compreender apenas com a razão. Apesar de ser uma verdade universal de que oito vezes oito sejam sessenta e quatro, o que mais nos importa é se a vida tem algum sentido, se existe um Deus, etc. Não são verdades genéricas e racionais o que mais nos interessa, mas o que é existencialmente significativo. Saber se alguém que estimamos também gosta da gente é algo significativo e envolvente. Saber que a soma dos ângulos de um triângulo é de cento e oitenta graus é apenas uma informação que pode ser algo prático, mas não essencial principalmente frente a um belo por do sol.
Muitas pessoas tentaram provar racionalmente a existência de Deus. Mas com argumentos racionais, perdemos nosso fervor religioso da mesma forma como um poema perde seu encanto quando analisado sintaticamente, a prosa perde seus horizontes quando interpretada no sentido de dar respostas. O fundamental não é saber se o Cristianismo é verdadeiro globalmente, o fundamental é saber se ele é verdadeiro para mim. Se é válido pelo menos para mim, que me importa se outros dizem que não o seja? Por que deveria aceitar algo negativo apenas porque um outro disse que é ou não é assim? O que sabe esse outro sobre mim de fato para dizer o que seja ou não válido para mim? Numa de minhas análises, o psicólogo insistiu bastante nisto: “Ninguém melhor que você para saber de suas próprias verdades e mentiras”.
Ainda que o Cristianismo seja uma questão de fé, e não de razão, ainda assim posso dizer que ele é importante, pois toca um lado que vai além de uma decantada razão que, se levou o homem à lua, também construiu a bomba atômica e as relações de dependência econômica entre povos e nações, afastando o homem do homem e da natureza e levando-o a esquecer de sua realidade subjetiva. Para Kierkegaard, a sociedade urbana e burguesa reduziu o homem a um ponto perdido na multidão, um Carlos igual a outros Carlos, um ser amorfo, "conformista" e conformado em ser igual a todos os demais. Todos parecem estar fazendo e defendendo coisas parecidas, mas sem se entregarem realmente a nada. Ele apontou o fato de que a maioria sempre é facilmente influenciada. A maioria quase sempre tenderá a escolher Barrabás. Assim, hoje temos várias pessoas fumando tal marca de cigarro que leva "ao sucesso", ou aceitar que o melhor emprego é o de ser médico ou engenheiro pelo status que advém frente à sociedade, etc.
Kierkegaard , com indiscutível coragem e franqueza, e em nome da realidade do “Ser Existencial”, ataca de frente a filosofia especulativa: "A existência corresponde à realidade singular do indivíduo (o que Aristóteles já falara): ela permanece de fora e de qualquer forma que a tente compartimentalizar dentro de conceitos (...). Um homem singular não pode ser simplesmente redutível a uma existência conceitual". Para Kierkegaard, a filosofia parece interessada apenas nos conceitos: não se preocupa com o existente concreto, com o que podemos ser de fato, no ato de agir em nossa singularidade; ao contrário, embebida do modelo cartesiano-mecanicista da ciência clássica, quer se ocupar com o homem em geral, com o conceito de homem. Mas nossa existência não é em absoluto um conceito. Antes, o conceito é um subproduto da existência. Trocamos freqüentemente o território pelo mapa. Quando perguntaram ao Buda o que era uma flor, ele simplesmente entregou uma flor ao seu interlocutor. Pra que especular sobre algo que existe e está em nossa frente? Ora, como diz Milan Kundera em A Insustentável leveza do ser: “Existem cada vez mais universidades e cada vez mais estudantes. Para obter o diploma, é preciso que eles encontrem temas de dissertação. Existe um número infinito de temas, pois pode-se falar de tudo e sobre nada. Pilhas de papel amarelado se acumulam nos arquivos, que são mais tristes do que os cemitérios, porque não vamos a eles nem mesmo no dia de Finados. A cultura desaparece numa multidão de produções, na loucura da quantidade (...)”. E diz Kierkegaard: "Isso acontece com a maioria dos teóricos em relação aos seus sistemas, como se alguém construísse um enorme castelo e depois fosse morar num celeiro. Eles não vivem pessoalmente dentro de seus enormes edifícios sistemáticos".
É por isso que quando o sistema fica embaraçoso para quem o cria.... "às vezes um charuto é apenas um charuto" (Freud) ... O que Kierkegaard ataca firmemente é a pretensão de certos teóricos têm de explicar tudo e demonstrar a necessidade causal dentro e de acordo com uma teoria. Isso serve mais que nunca, permitam-me afirmá-lo com prepotência, aos psicanalistas que não se lembram de que o próprio Freud reviu toda a sua teoria até os últimos dias, e concebem a psicanálise como algo acabado e representativo da totalidade psíquica Mas o sistema não consegue engaiolar a existência, que é muito mais rica que a visão de mundo do teórico, e o que ela evidencia é tão só uma parte de algo muito mais complexo, algo que está além do universo bidimensional que se escreve num pedaço de papel. Para Kierkegaard é cômico que alguém possa acreditar num sistema teórico como sendo a verdade absoluta, do mesmo modo como é cômico um escritor acreditar apenas no que dizem as palavras e não ousar transcendê-las. É cômica a situação do "espírito sistemático, que acredita poder dizer tudo e está persuadido de que o incompreensível seja algo falso e secundário". Porém este cômico pode se tornar algo dramático ao induzir uma visão de mundo que acaba por se auto-validar. A visão de mundo sempre acabará por criar os meios de se auto-financiar. Foi o que ocorreu nos últimos três séculos com o sucesso do paradigma cartesiano em ciência.
Se o cientista quer compreender Deus através de seu campo, ele tenderá ao estrondoso fracasso, e não há fracasso maior do que se colocar no lugar de Deus. Mitos como o de Prometeu ou o de Frankenstein parecem expor isso. E também se verá numa situação embaraçosa se quiser levar a cientificidade para a esfera do espírito. Os problemas éticos e da religiosidade legítima não se deixam tratar com os métodos das ciências naturais. Quem quer que tente fazer isso é provavelmente um ser perigosamente seguro de seus experimentos. Como diz Kierkegaard, é arrogante a classe dos naturalistas "que querem liquidar Deus completamente, como supérfluo, substituindo-o pelas leis naturais".
No fundo, isso é só uma substituição tola. É a substituição de uma idéia initeligível por outra equivalente, com a diferença de que esta última dá certa presunção de controle e de compreensibilidade bem humanas sobre a natureza. A presunção dos cientistas se expressa na luta apaixonada contra Deus e tende a criar "toda uma multidão de homens que fará das ciências naturais sua religião." No fundo o que se quer é ter a certeza de que a natureza é uma máquina que pode ser dominada completamente pelo homem, e nada mais.
Para Kierkegaard, a verdade é subjetividade: ninguém pode se por no meu lugar, ninguém pode viver por mim, ninguém pode morrer por mim. Sou eu quem devo fazer a escolha de ser o que posso ser ou de ser uma cópia do que se espera que eu seja, de acordo com os referências que nos são dadas por outrem ou pela cultura. A existência é o reino do vir a ser, do porvir, é o reino da liberdade: o homem é o que ele escolhe ser quando consegue atingir um certo grau de lucidez, ele é o que se torna. Isso implica que o modo de ser da existência não é a realidade ou a necessidade, mas sim a possibilidade e isso traz a angústia, que é o sinal de que se atingiu uma "situação existencial". A pessoa pode ou não decidir se dará um salto para um estágio mais elevado de existência. Toda transformação é um renascimento e todo renascimento é também uma morte. Sai-se de um estágio para outro. A pessoa decide se quer ou não ir adiante, e o medo do novo traz a angústia. "A angústia é a possibilidade de liberdade: somente a angústia, através da fé, tem a capacidade de formar, enquanto destrói todas as finitudes". Ninguém poderá dar esse salto por você. Afinal, todo conhecimento vem de dentro, como dizia Sócrates. A angústia é o puro sentimento do possível, é o sentido daquilo que pode acontecer. "Se alguém souber tirar proveito da experiência da angústia, se tiver CORAGEM de ir mais além, então dará à realidade outra explicação: exaltará a realidade e, até quando ela pesar duramente sobre ele, recordar-se-á de que ela é muito mais leve do que era a possibilidade". E o grande salto, o mais difícil, é o de "cair nas mãos de Deus", de dar o grande salto rumo às "setenta mil braças de água", de entrar num nível além do convencional, num nível, ouso dizer, Transpessoal.



Manoel Ferreira Neto
(22 de novembro de 2016)


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