**SEMANA //Blog **BO-TEKO DE POESIAS** - 18-24 DE NOVEMBRO DE 2016** - Manoel Ferreira


**PRESENÇA DA SEDE DA PERFEIÇÃO**
Maria Fernandes/Manoel Ferreira Neto
(**RIO DE JANEIRO**, 20 de novembro de 2016



O silêncio ,
O vazio,
A noite,
O escuro,
Símbolos de tristeza,
De abandono,
De inconformismo com a vida, com algo que lhe causa dor.



Silêncios silenciados,
Esta expressão por si só revela
A dor silenciada ao extremo.
No entanto, resta a querência do eterno,
Da realização do ser no infinitivo.



A esperança está de pé...



No infra silêncio se expande o espírito
Em querências de luz,
De contemplação,
De ascensão,
De sabedoria de encontro ao infinito
Com tranquilidade nem competição.



Gotículas de orvalho nublando a vidraça da janela, a madrugada custando a passar, o alvorecer distante de primevas luzes, raios do sol, nada de olhar perdido no longínquo das yalas uni-versais do In-finito, elencando sentimentos e emoções que nascem puros, mostram-se límpidos e cristalinos, pres-en-ficam-se sublimes e singelos, re-nascem outros , re-velando a presença da sede da perfeição, querência do sublime, desejância do que trans-cende o eterno, do que trans-eleva as soleiras do absluto, solsticiando o além de imagens do perpétuo que se dista à mercê dos ventos do tempo, mostrando outras dimensões a inspirarem a entrega lúdica, sementes do sonho de outras conquistas e glórias...



Silêncios silenciando silenciados vazios;
Solidões de éritas desilusões, decepções,
Solidões con-tingenciadas de quimeras e fantasias,
Conciliadas aos sonhos perdidos,
Mesmo que não se chora pelo perdido,
Lágrimas não os fazem re-nascer.



Silenciados silêncios,
Silenciando o nada,
Nada de In-fin-itivos,
Pontes partidas,
Mata-burros,
Paisagens íngremes,
Áridas.



Silenciando silêncios silenciados do efêmero,
Gerúndios do tempo,
Partícipios do verbo,
In-fin-itivos do ser,
Sendo a travessia dos pretéritos
Ao presente particípios do ser,
Sendo a passagem do presente ao há-de vir
Do eterno eterizado de absolutos;
Eterizado de divin-idades,
Eterizado de além e confins.



Infinitivo dos ventos do além per-vagando os verbos e sonhos, circun-vagando as ipseidades e solipsismos, per-fazendo as essências e utopias, os eidos e puras alucinações da verdade e do belo, re-fazendo as esperanças e desejos de versos re-versos in-versos de estrofes ad-versas, trans-versas, os volos do inaudito...



Tudo se dilui no tempo,
Onde não restam senão vazios.
Entregar-se no vento seria um contrassenso,
O tempo se encarrega dessa tarefa e da
Transparência do ser que não tem finitude.


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