**IRÍASE À ESPERANÇA** - Manoel Ferreira


Fique registrado, escrito nas estrelas, pers-critos no brilho da lua, a esperança trago em mim dentro, forte e presente, fora presente carinhoso, mimo terno, das letras, com elas ao longo do tempo e dos ventos de leste fui tecendo os futurais sonhos, realizando-os, e sempre estarei aberto a novas aprendizagens, a novas lições, alfim a Arte é sempre busca.
William Woodworth disse com toda a categoria, excelência: "O estilo é o homem". Cada homem, cada artista, seja qual for a sua Arte, possui o seu estilo e a linguagem, ademais quando ele não está reduzido apenas ao seu dom e talento, mas à busca de con-templar o conhecimento, a gnose. Os filósofos da Escola de Frankfurt possuem linguagem e estilo herméticos, prolixos, mas a hermeticidade, prolixidade deles abriram leques para o aprofundamento, mergulho na busca da Arte em suas dimensões contingenciais e filosófica, exemplo é o filósofo Adorno. O estilo e a linguagem que a-presento, pres-ent-ifico são herméticos e prolixos, mas refletem as buscas eidéticas da Arte. E nada escreveria não fosse nesta linguagem e estilo, sou eu, é a minha autenticidade.
Se me disserem com todos os sons, semânticas e linguísticas da palavra e dos sentimentos, da verdade que a Fé é mais importante que a Esperança, inda fico com a Esperança, pois que ela é o eidos, a eidética da con-tingência, do ser-no-mundo, do estar-no-mundo. Ainda que me dissessem não importam a estética, a consciência-estética, consciência-ética da estética, da poesia, inda ficaria com elas, pois a minha Busca é a vida e a arte comungadas.
Penso e sinto mesmo que o artista deva, é a sua obrigação, responsabilidade, compromisso esplender a Esperança por todo o uni-verso, por todo mundo, no coração de todos homens, da humanidade. Literatura é Esperança do Verbo do In-finito. Sou letras de Esperanças, de Sonhos. Sem a Esperança não seria artista, não seria escritor, não seria homem, apenas ser humano que per-vaga pelos becos e ruas do mundo.
E agora, maduro e amadurecido, sinto que a Esperança está escrevendo, epigrafando em mim o Amor, de que carecia para preencher o peito de Vida.



Manoel Ferreira Neto
(*RIO DE JANEIRO*, 18 de novembro de 2016)


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