**SEMANA //Blog **BO-TEKO DE POESIAS** - 18-24 DE NOVEMBRO DE 2016** - Manoel Ferreira


**PERFEITA ANTOLOGIA DE VERBOS**



Vers-itudes re-versas de in-fin-itivos e in-finitos, liberdade tecendo os élans do tempo e do ser, sendas, veredas, ser livre em harmonia com os sonhos compõe a mais perfeita antologia de alegrias, além o sol esplende seus raios numinosos, aquém a chuvinha cai suave, serena, lenta, tocando a vidraça da janela, nunca é tarde para começar, especialmente quando é para viver, a estrada a perder de vista, nalgum lugar tranquilo, à beira do rio, sombra de árvore, lembranças, recordações de outras perspectivas, de outro orvalhos na madrugada inspirando as lenhas da lareira a se esvaecerem, as chamas do fogo ardente trans-elevando desejos, vontades, volúpias, fantasias.
Plen-itudes in-versas de verbos e regências do tempo, o sorriso descontrai e ilumina, quanto mais quando nele a pre-sença da verdade de outras iríasis futurais do eterno, quando nele a pres-ent-ificação do in-finito encarnando o verbo, re-velando a cor-agem da expressão: "Sei para onde estou indo, sei o que me espera lá, sei das novas esperanças..." Essa é a cor-agem sublime, a cor-agem da vida nascer e re-nascer, re-fazer-se, re-criar-se, deixar que a vida me viva, faça-me à sua semelhança, não fazê-la à minha imagem e utopias. A fé em harmonia, sin-cronia, sin-tonia com a razão. A esperança, afastando as melancolias, nostalgias, angústias, tristezas, dores, sofrimentos, a entrega mostrando as paisagens do encontro, verso-uno do ser-verbo. Quiçá o mistério e enigma de todas as coisas seja a vida ter fé em nós, confiar em nós, e não termos fé na vida segundo as nossas carências e manque-d´etres. Somos vidas quando a vida nos é. Não nascemos a vida, seguimos as trajetórias do mundo, circunstâncias, situações, felicidades aqui, inseguranças ali, prazer aqui, frustração ali, no passo seguinte o nada, seguir em frente. A vida nos nasce, ela se nos entrega ipsis litteris, a verdade se nos a-pres-entará nalgum horizonte.
Etern-itudes ad-versas de vontades e desejos que nos preenchem, completam, as dialéticas re-criam-nos, re-inventam-nos, re-fazem-nos, vislumbramos, con-templamos as luzes incindindo nos nossos verbos esperançosos por se encarnarem, serem in-finitivos, presentes do indicativo, subjuntivos, partícipios, gerúndios, embora os pretéritos imperfeitos, mas iluminam o sonho das ilusões.



Manoel Ferreira Neto
(*RIO DE JANEIRO*, 22 de novembro de 2016)


Comentários

  1. Bom dia Manuel Ferreira meu amigo e companheiro,que nossa quarta-feira,a graça de Deus esteja te iluminando em meu país principalmente enquanto estiver no perigoso Rio de Janeiro!...

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