*TEMPO* - Manoel Ferreira


São todos os sítios,
São todos os olhares,
São todos os sonhos,
São todas as utopias,
São todos os desejos,
São todas as esperanças,
São todas as vozes,
São todos os silêncios,
São todas as solidões
Persigo a multidão.
São todos os desenganos,
São todos os erros,
São todas as ilusões,
São todos os fracassos.
São todas as vitórias,
São todas as decepções,
São todas as glórias,
São todas as desilusões,
São todas as faces iguais,
São todas as horas sem paz,
São todos os humanos indo
E vindo na multisolidão.
São chaves erradas,
São lágrimas vertentes,
São trancas trancadas,
Preciso socorrer-me.
Sou aprisionado ao teu ser
Só que não tenho o teu querer.



Manoel Ferreira Neto.
(31 de janeiro de 2016)


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