**ESTESIAS DA LUA NASCENTE** - Manoel Ferreira


Sendas - idílios da felicidade tecendo de esperanças o tempo de encontros e interações com o amor à luz de re-fazendas das querências do "ser", desejâncias do In-finito, volâncias do que trans-cende o além, veredas silvestres, sendas campesinas - no instante breve de in-finito, buscando o atalho mais curto, para chegar mais depressa ao amor, para viver mais espiritualmente as dimensões do amor.
Toda a vida fala-nos de poesia, toda a poesia fala-nos do espírito conciliado ao além, desejando os in-finitivos da sensibilidade, toda a vida fala-nos de sensibilidade, espírito.
Travessia - e utopias do verbo a conjugarem de horizontes os desejos em variados arco-íris, toda outra alma é um além-mundo, fantasia da eternidade, quimeras do absoluto, sorrelfas da essência trans-cendental - a entre-laçarem num sussurro a volúpia e a palavra, todo o sentimento da vida cabe na pequenez de corações, no porta-jóias intocável do sentir raios de sol - numinosas esperanças de entre o genesis o verbo amar e continuidade do ser amor re-fletem no olhar ao longo a bela sinfonia universal.
O sol poente. a lua nascente. gênese do desejo - a história no ser, nuança de sins e nãos, imprime a caligrafia, pigmento do pensar epigrafa os fonemas, fragmentos do sentir registro, no cofre da memória, no sopro gratuito da vida, sedução do gozo - no aprofundamento, aprimoramento do saber na busca indomável da verdade absoluta, refinada concepção: essência-conhecimento, êxtase do destino - imagens infinitesimais, a-nunciando perspectivas do além-verso de verbos divinos, inscrevem na moldura da alma suspensa no vazio do tempo a poesia do vir-a-ser, o soneto do porvir, as estrofes do que há-de se sonhar eterno, as estesias além das fronteiras da contingência.

Manoel Ferreira Neto.

(26 de janeiro de 2016)

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