#SANTUÁRIO-BASÍLICA DO VERBO...# Manoel Ferreira Neto: DESENHO/GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



Epígrafe:


"... o hábito de usar determinados sons penetra fundo no caráter..."(Nietzsche)
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... embora visto sob a luz
dos genitivos e declinações
do Não-Ser...
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Lá nos alhures do uni-verso
A imagem da cara sáfica,
Lúdica das ipseidades.
Lá no horizonte a perspectiva
Da fisionomia das deidades.
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O sonho re-presenta a vida.
Fantasias. Idílios. Ilusões. Quimeras.
Silêncio de solidões pres-crevendo nos templos do absurdo os mantras inolvidáveis que numinam o efêmero de esperanças, o nada e querências.
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Verbo de luzes.
Semântica de solstícios perpétuos.
Linguística de pers-"pectivas" do além re-fletido no espelho côncavo de imagens convexas, se é que se possa crer a face do perpétuo seja vista trans-parente e nítida, conditio sine qua non revela intenção de esplender as nostalgias e melancolias acumuladas ao longo das im-perfeições "pret"-éritas, paradisíacas da plen-itude visualizada por "inter"-médio das frestas do in-"concebível".
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Saudade do perfeito semblante
Do horizonte refestelando-se no
Ínterim dos raios de sol e as cores
Fulminantes, diáfanas do arco-íris
Contracenando com as radiâncias do sol.
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Quem é você? Qual o sentido de todas as suas lutas?
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Náuseas da con-ting-ência manifestam nítida e nulamente a alegria breve seduzindo a noctívaga solidão que é o lirismo da lua e estrela velando o ritmo e melodia da canção na vida do itinerante em posição voltada para a Medina dos niilismos.
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Amanhã será o pretérito do genesis do apocalipse sob a cintilância das meiguices arrogantes do purgatório, à mercê do vento que sarapalha a poeira das veredas, crepúsculo de brumas e brilhos só visível através do lince metafísico dos gerúndios do verbo e particípios do Ser, embora visto sob a luz dos genitivos e declinações do Não-Ser, volúpia do prazer e gozo das nonadas sin-tonizadas com os ocos de nenhures, harmonizadas com as angústias e tristezas da vida frustrada, quando alguém só possui a alternativa da morte em consequência de qualquer "sim" ao longo de estar jogado no mundo.
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Quem é você? O que significa o seu sacríficio? Você então é o que todos pensam de você?
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Lua e estrelas enamoram-se. Alvorecer e luzes seduzem-se com semânticas, linguísticas, sentidos e metáforas. Arco-íris e coriscos amam-se apaixonadamente. Tudo isso para a revelação da mauvaise-foi dos princípios éticos e estéticos do inane, alfim o nada é supremo, egrégio, lídimo na trans-modernidade do pretérito e jardim sáfico-paradísiaco da imortalidade.
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Sem inspiração que numina as esperanças e sonhos, que ilumina as utopias e sorrelfas, imperfeitos e pretéritos se re-vestem dos instantes-limites que originam o movimento retrógrado para a arte das contradições e dialéticas, plástica dos contra-sensos e despautérios, a ec-sistência facilita a glória e sucesso da perquirição do que seja a alma das irreverências meigas do abismo que re-presenta o sem-limite.
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Quem é você? O que significa o seu sacrifício? Você então é o que todos pensam de você?
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Sem inspiração... Sem arte, sem sonho e esperança. Sem nada.
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Na janela do peito, veneziana do quarto, con-templo a efígie de ouro, a deusa do perfeito semblante do horizonte no santuário-basílica do verbo-som há-de ser a sublim-itude solícita da perpetuidade idiossincrática do divino...
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Ad-juntos ad-nominais dos
Termos essenciais do frívolo
Desejando a vida.


#riodejaneiro#, 21 de setembro de 2019#


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