#ARQUITETURA DE CHAMAS POÉTICAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Epígrafe:
"Poesia é o fogo que chameja os horizontes da vida, e a vida por si é chama poética que não se apaga jamais"(Graça Fontis)
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Digo comigo mesmo que a madrugada é gentil, generosa, compassiva e humana, está ligada à minha solidão, e seu desejo, inerente às Imagens do horizonte, emolduradas de espectros, re-fletidas no espelho controverso de re-versas in-versidades do tempo, ad-versidades do ser, trans-versidades do infinito, alhures burgalhaus de dimensões des-infinitas, algures bugalhos contingentes de desejos inolvidáveis, cintilando fosforescências plenas através do universo.
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O imperfeito não participa das perspectivas pretéritas. O perfeito não habita das etern-itudes do além. O mais-que-perfeito não é inerente às eter-itudes de confins. As nuanças retros-pectivas do absoluto re-vestido do primitivo investido de essências ausentes das genesis apocalípticas do divino nada do há-de vir. As orlas extra-intros-pectica do absurdo, trajado de inda mais objeto de liberdade orientando os passos na areia, os dejectos em sua extensão são signos, símbolos a serem perquiridos, mudam o trajecto.
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Amanhã será outro pretérito de contemplações
Amanhã será des-verbo primevo do porvir
Amanhã será des-verdade rítmica da palavra bíblica.
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Sou o princípio da luz que, des-velada, des-envelada
Da resplandecência do vir-a-ser
Re-trospectiva a pretérita travessia do além
Á contingência do aquém, des-vestido de dimensões,
Vazio do vazio des-vaziado de essências.
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Sou o princípio da sombra que,
Re-velada, des-re-velada,
Da incandescência do Hades,
Deflora o hímen do eterno.
Não é o feio que tem buraco no meio
É o buraco que tem no meio o feio
Barroco dos princípios do absoluto ao nada
Do efêmero ao ser do eterno des-figurado
Barroco dos dogmas da verdade ao vácuo
Do êxtase fugaz ao verbo do imortal trans-figurado.
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Sou o fogo que,
Aceso, chamas ardendo,
Achas sendo consumidas,
Ao longo do tempo,
Chameja os
Horizontes da vida,
E a vida por si é chama poética
Que não se apaga jamais.
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Hoje é outra utopia
Hoje é outra ilusão,
Hoje é outra fantasia,
Hoje é outro sonho
Do genético verbo das adjacência do porvir
Hoje é outro hiato,
Hoje é outra ausência,
Hoje é outra pena
Que flutuará no espaço e tempo
De palavras, cujo silêncio é promessa do Ser.
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Retrospectiva projetada às pectivas do nada-nada.vida, é de libertar-nos da realidade de algemas e correntes, de revelar-nos no espírito as divin-idades que nos habitam, e são a ressurreição, redenção dos pecados capitais, para os quais não há qualquer modo de negligenciar, livre-arbítrio dos dogmas e preceitos para os quais não há estilo de des-cender, glorificá-los será sempre os caminhos para o além. Lei do menor esforço.
#riodejaneiro#, 09 de setembro de 2019#

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