#FIBRAS DE MINH´ALMA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



Distância... Longitude... Longev-itudes
Itudes... itudes... itudes...
Comungadas.
Entrelaçadas.
Sintetizadas.
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A luz do sol por entre os vazios das árvores... e não ser mais que a luz do sol por entre as árvores do vazio, dos lotes vagos.
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Oh, Palavras! Oh, Palavras
Por que intimamente suspiram
As fibras de minh´alma,
Interstícios do ser
Inda mais aquando
Assiduamente e de muitos modos,
Estilos pronunciavam apenas com os lábios
E lia em muitos compêndios e livros
As iguarias, quitandas que se me
Apresentavam a mim,
Faminto de graça, sedento de saber,
Obras vossas,
Nunca vós mesmas.
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Respeito o orgulho do sábio,
Independente,
Respeitaria inda mais
Sua humanidade
Se os ventos mornos e chuvosos
Do pensamento
Levasse consigo a atmosfera musical
Dos sentimentos e emoções
E o prazer inventivo da melodia
Do re-conhecimento do passageiro,
No veleiro mais belo existe muita algazarra,
A magia mais bela:
A vida tornar-se sonho acima da vida.
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A manhã esfria no longínquo da planície, a neblina cobre todas as montanhas, a neve ensimesma as indagações do verbo, os questionamentos do sujeito, do Eu, os pensamentos vagueiam no etéreo. E sinto o não-sentido entrado, o não-ouvido auscultado, a índole inclinada à virtude, o não-con-templado intuído. Uma borboleta que se assenta na folha de trepadeira.


#riodejaneiro#, 17 de setembro de 2019#

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