#ITAPUAÇU: ONDAS, MARÉS E ARTE# - GRAÇA FONTIS: FOTO/Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA



Minas não há mais,
E agora?
Nas ondas do mar
Des-aprendi a linguagem
Com que o passado se comunica,
Melancolias, nostalgias comungam-se.
Meu coração cresce
Entre a praia e as marés
Oh, vida presente,
Ausculto as águas inundando
A criação de outras auroras!


Solen-itudes, Serenidades
Solenes
Sublim-itudes, sublim-idades
Sublimes.


Assim caminhará a mineiridade ao longo do tempo, pretéritos e presentes são melancólicos outroras, a nostalgia do futuro são as pérolas da eternidade, representadas pelo sublime do desejo, humildade da razão, simplicidade da esperança.


Alvorecer de espectros perspectivados de luzes diáfanas, iluminando de pensamentos da liberdade as idéias, do tempo as utopias do ser da verdade que perpassa horizontes e uni-versos, finitos e in-finitos, serras e aléns, pão de açúcar e aquéns solsticiando as re-vezes das dialéticas, os re-versos das contradições, nada e vazio vagueiam nos liames da alma e espírito, assim caminha o ser subjuntivo do verbo literário da gnose.


Peren-itudes, peren-idades
Perenes
Perpetu-itudes, perpetu-idades
Perpétuo


Silêncio re-fletido atrás do espelho da solidão, a imagem límpida de perspectivas re-velada nos auspícios da luz, ribalta do absoluto, tablado do vazio, camarim de travessias, cores e arte fazem a face simples da nobre imortalidade.


Crepúsculo de contingências da solidão incondicional entre o sentimento da a-nunciação do desejo e a emoção frígida da nonada habitando profundo a sorrelfa do paraíso perdido, o sol também acorda, levanta, brilha, após dormir de conchinha com a lua, soninho gostoso, leve como a pluma da leveza, como a insustentável leveza do ser.


Re-vers-itudes, re-vers-idades
Re-versos
Angústia...


Volúpias. Êxtases. Sou o que não sou e não sou o que sou. Efemerizo o ser de mim. Absolutizo o não-ser para verbalizar a esperança e sonho da vida que se olha e sente o olhar do além sob a querência do vento sibilando desde o eidético crepúsculo do abismo aos auspícios poiéticos do celeste em cujo espaço perambulam e vagam soltos e livres...


O resto é silêncio...


#RIODEJANEIRO#, 24 DE SETEMBRO DE 2018)


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