#ESQUIZOFRENIAS DO APOCALIPSE# - PROJECTO #VERSO-UNO LITERÁRIO# Manoel Ferreira Neto: DESENHO/GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: POEMA



Sincronia
Harmonia
Sintonia


Linguística do verbo tempo
Dialética do abstrato ser
Monólogo do contingente inaudito
Ipsis verbis do divino absoluto luminando a morte,
Numinando as chamas do Hades,
Ascendendo as caliências almáticas do Purgatório,
Noubliez jamais do divino absurdo ofuscando o tempo
Expectativas desleais, ideais,
Princípio efêmero do etéreo eterno
Sa-(a)-rah imortal das magn-itudes do espírito
De plen-itudes do amor, seren-itudes da entrega,
Magn-itudes da comunhão
Egreg-itudes do verso-uno
Ao supremo sol da alma raiando de luz
As origens do além, os princípios do agora-e-aqui.


Fumaças voluptuosas do êxtase
Chamas ardentes do clímax
Fogo incandescendo lenhas do prazer,
Achas exultando-se de alegria
Por se tornarem carvão.


O que tu, oh, melancolia?
Palavras que id-versificam de desejos,
Volúpias, volos do apocalipse
De cânticos saudosos do genesis às re-miniscências
Re-manescentes do esplendor que é o raio do sol,
Baladas saudosas da liturgia aos embalos
Do excelso que é a cintilância da lua ninando as estrelas.


Seduzindo ludicamente a penumbra do crepúsculo,
A cintilância da lua conubiando de êxtases
As trevas do infinito, as sombras da etern-idade,
Bruma das fráguas,
Ganachando de glórias as carências do vento e do tempo, Obnubilando de inauditos sons altissonantes
Entrenebrecer de poder as faltas do ser e das verdades,
A morte defectiva e sinuosa do cócito de sonhos,
Ad-versejando de louvores os lapsos de memória,
Édipas lembranças, recordações,
Prometeicos esquecimentos, dispersões,
Sísifas sensações da colina dos ventos sibilantes,
Re-cordações, di-versões.


Sinuosidades
Simetrias
Ad aeternum as sincronias que comungam silêncios
Além do nada,
No mesmo arco-íris acinzentado
À espera da noite cerrar as pálpebras
Onde o vento ermo do bosque
Traz a inteligência no bolso.


Sublime sublimidade sublimando sublim-itudes
Serena serenidade serenizando seren-itudes
Sintônicas sintonic-itudes sintonicizando sintonias
Harmonia harmoniosa harmonizando harmon-idades
Sincronia sin-chronizando sin-koinon-idades sin-crônicas
Do passageiro
Do fugaz
Do esvaecimento
Do fenecimento
Leveza do ser, liberdade do desejo
Calmaria das con-tingências, reflexão dos instantes-limites
Tranquilidade das ipseidades e facticidades,
Introspecção, circunspecçao das coisas obtusas
Insustentável clareza do orvalho tocando as folhas
Respingando a grama
Molhando os cactus, orquídeas à soleira da montanha
Madrugada de outras neblinas
Madrugada de outras neves
Madrugada de outras garoas
Madrugada de outros trovôes, chuvas
Neblinas, neves, garoas, maresias
Des-velando transparências, sentimentos perpétuos,
Emoções inolvidáveis, sensações inestimáveis,
Velando obscuros segredos in-auditos do pleno,
Enovelando mistérios e matagais das arribas
Des-vendando nítidos enigmas inter-ditos,
Des-velando opacas in-congruências das entre-linhas,
Inter-ditos de visual-ização, inter-ditos de com-preensão,
Inter-ditos de pres-ent-ificação, inter-ditos de entendimento
Que se estendem ao longínquo de subjuntivos verbos,
Que se esplendem às distâncias de particípios in-fin-itivos
Que se sarapalham aos confins e arribas de subjuntivos gerúndios
Que se carioquizam nos buracos negros de indicativos pretéritos
Que se pauliceiam nos planetas desconhecidos das regências Futurais, das concordâncias do eterno
Que se mineirizam nos causos desconhecidos das gerências,
Nesta vida assimétrica, corrida contra o tempo
No abstrato cego sentido
Porém trépido já neste momento,
Fairly openned to hear from the sounds of silence
Palavras que toquem os interstícios da alma
Des-virginando as sombras da imanência
Penetrando no abismo das carências calientes,
Erotizando os seus clítoris, sensibilizando os seus prazeres
Que se esplendem à distância dos cócitos sentimentos
Da verdade espelhada do templo de Hagna Mentis
Símbolo, signo, metáfora, o alvorecer resplende
Da natura a essência do verbo in genesis
Meant to meet the true horizon across the infinite
O crepúsculo im-plende das luas e estrelas
Os raios de luz que fulminam o sangue do eterno
Perpassando as veias da eter-itude.


Nas linhas trans-versais do uni-verso
Que divide as arribas em térreos princípios
E preceitos da verdade
Inda que falsa,
Inda que uma farsa do divino re-vestido
De gerúndios subjuntivos da vacuidade, entre-laçados de Particípios indicativos de verbos defectivos
Que comungam os temas do solipsismo
Com as temáticas lúdicas do que de pretérito nada há...
Sombra que em mim existe
De imperfeições, mas que na sublimidade alcança
O superego, ao visionar barcos a trafegarem na
Sinuosidade das tímidas ondas do mar primitivo
De muitas constelações testemunharem pretéritos,
Presentes que ainda testificarão no silêncio
Todas as coisas na mudez dos tempos remotos.


Ah, o passado são esquizoidias do genesis,
Esquizofrenias do apocalipse.


(#RIODEJANEIRO#, 10 DE SETEMBRO DE 2018)


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