#ITAPUAÇU: MAR DOMINICAL DE MARÉ ALTA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: PROSA



Glória...
Esquecimento...
Memórias...


Silêncio que dá origem à palavra não são vazio e ausência, sim plen-itude e presença.


Minas não há mais, e agora?
Com o tempo a esperança
E seus maquinismos,
Os "S" sibilados
E seus ritmos de sonho.
A feira domingueira de desejos
na Praça do Fórum
expunha seus tristes tesouros.
Papéis de circunstâncias.
O mar dominical de maré alta,
Itapuaçu,
Permite o esquecimento, tranquilidade
É puro, imenso, autêntico, indevassável


Re-versos pretéritos in-versos de luz, de palavras, extensão de volúpias, êxtases, no recôndito do abismo, ecos de sibilo de vento, con-templo-o, con-templa-me, sinto-o, sente-me. Instante perdido de ilusões, fantasias.


Pleno silêncio. Absoluta solidão. In-fin-itivo presente de efêmeros nadas re-vestidos de vazios e angústias per-correndo livres as linhas verticais do tempo, horizontais do ser, imagens pro-jetadas no além dos primevos princípios preliminares do há-de ser a face inaudita de semânticas e linguísticas das faustas esperanças, mefistofélicos sonhos de perfeição.


Verbo do sonho, plen-itude. Sonho do verbo efemer-itude. Quiçá a vida de-curse nas sinuosidades dos caminhos os nonsenses, per-curse nos aclives e declives das montanhas de Sísifo os despautérios da liberdade e consequências no ínterim das atitudes do logus e ego, gestos do cogito e id, comportamentos lineares da persona, non sum ergo cogito, re-versa latina declinação do abismo aos interstícios do vazio, o sem-fim emerge das profundezas do nada, elevando-se aos auspícios do celeste destituído de estrelas cintilando o ossuário da terra, desprovido de lua brilhando as lápidas do cemitério gethsemânico, e nas sombras das trevas perpétuas o símbolo da vida povoada de miríades do mistério concebendo a lenda mística do divino que espiritualiza as crendices do eterno, nonada do éden, alumbrada sob os raios diáfanos que as cores do arco-íris emitem, "... ride the rainbow/rock the sky/Strormbringer comin´/Time do die".
Místicas lendas do efêmero. Efêmeras quimeras do mítico que ori-gregaliza os deuses à luz dos séculos e milênios em nome da continuidade da ec-sistência, perpetuidade do ser humano, mesmo desprovido de alma e espírito.


Tudo passa... Tudo passa... Tudo passa... o "eu" passa, origina o outro. O "outro" passa concebe o a-núncio do meta-outro, outro além dos inauditos mistérios e enigmas do trans-cendente.


Cinzas da con-tingência. Poeiras da eternidade. Pós metafísicos do divino absoluto. Grânulos da essência re-vestida de joios do ad-stringente que triga o campo de caminhos para o uni-verso das pontes partidas, impressionismo do não-ser, expressionismo do verbo para para o ser. Côdeas árabes do pão recheadas de pimentas do sublime, cebolas do simples, tomate e cebolinha da humildade...


Ah, quem dera os árabes pudessem sentir o sabor da plen-itude da vida. Diante dos olhos e do nariz veem apenas a ideologia de Allah, da morte...


#RIODEJANEIRO#, 23 DE SETEMBRO DE 2018)


Comentários

  1. Meu companheiro Manuel
    Ferreira,prazer em revê-lo!
    Fico feliz em em te ver de
    bem com a vida,desculpe me,pelo atrevimento de
    Intrometer em teus espaços!
    É que conservo te em meu
    pensamento,por quem aprecio
    qual coisa faço.Admiro a tua
    postura composta de talentos
    meus elogios criatura,que siga
    cada vez mais apresentando nos teus anseios conforme
    os procedimentos!
    Abraço!...

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  2. Obrigado meu companheiro,a tua foto carrego conservada
    no álbum em meu celular!...

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