#ESVAECE-SE O VAZIO NO VENTO# GRAÇA FONTIS: FOTO Manoel Ferreira Neto: POEMA


Dedicado à minha amada Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis, com amor e muito carinho.


Quando
O verbo da vida é a esperança da verdade,
As ondas do mar simples e serenas dirigem-se à praia,
A verdade é o sonho de conhecer a sabedoria do ser.


Amor, amor,
Entrelacemos nossas mãos,
Andemos sempre juntos nas orlas marítimas do tempo
Con-templando a luz das estrelas e lua,
Fique ao meu lado,
Escrevamos e pintemos os horizontes de arco-íris,
O infinito de constelações das idéias, ideais,
Sejamos luz e sombras, sons e silêncios,
Fantasiemos o mundo de utopias da liberdade, do amor.
O pensar poético
Capaz de salvar-nos do perigo,
Não é somente a poesia-canto, não é somente a imagem-sonora,
Mas uma poesia para além dos textos,
Uma imagem-sonora para além da poesia do olhar.


Na vida, no de-curso, per-curso, trans-curso, a verdade . O amor, a entrega divin-izam-se Vida, o divino amor-alia-se à verdade de quem vive a esperança e sonho da Vida-Ser.


Saber o verbo que con-templa o in-finito do tempo de ser, conjuga as etern-itudes das arribas e confins com os subjuntivos da alma, saber o infinito que vislumbra o ser-de sonhos do verbo em direção, pro-jetado, ao divino que concebe as alamedas que hão-de per-correr a vida no trans-curso para as verdades que numinam as frinchas e frestas abertas, das venezianas semi- abertas, às virtudes e tern-idades, amor e verbo amar, encarnados de sensibilidade e espiritualidade, amanhecer, alvorecer do outro presente no outro de ser a sabedoria de luz do verbo.


Acabou - iniciou. Eterizou - eternizou. O ovo é o sempre da galinha, embora a sua contra-dicção. A galinha é o nunca do ovo, embora a sua contra-dicção. O ovo é o jamais da galinha, embora a galinha seja o ovo do jamais. O que vive foragido por estar sempre adiantado demais para a sua época: o sempre ou o nunca? Nesta roda-viva, há onde se aportar?


A palavra é o útero do verbo
Conceber o sonho, a esperança, a utopia
Gerar os frutos, conquistas, o real
Dar a luz à vida, aos desejos, vontades da Verdade
Mister mergulhar na inconsciência
E seus inestimáveis problemas.


A imagem é a alma das regências,
iD-entificar a fé, a liberdade nos traços e cores,
Entre eles a sutileza do espírito a gerenciar o olhar
O pintor não pinta com a mão,
O pintor pinta com o olhar, a presença do espírito,
Da sensibilidade, da vontade e desejo do
Nada que preenche o tudo, que satisfaz a verdade.


Esvaece-se o vazio no vento ad-vindo do abismo, sibilando no itinerário do caminho ritmos e melodias do cântico do que há-de ser do "ser" que sonha a esperança in-finitiva do além, além que re-presenta o tempo de querências e desejâncias do sublime sob a luz dos vernáculos das pontes partidas, caminhar no vento, navegar na neve que cai nos bosques, ilhas e florestas, no mar, deusa do inter-dito do sentimento de ex-istir as vaidades e verdades, "inspiração" e "sujeito de inspiração" são diferentes, a inspiração sente o ar na sola dos pés, pro-jeta confins e aléns no espírito da esperança, o "sujeito de inspiração" acende a lenha dos sonhos da verdade, con-templa o infinito e o eterno na mochila da liberdade.


#RIODEJANEIRO#, 18 DE SETEMBRO DE 2018)


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