#RATIO DE SILÊNCIOS INAUDITOS DA ALMA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: ODE $$$


Ratio sublime

Do não-ser sendo o ser

Do ser sendo o não-ser,

O ser-não-sendo-do-ser

Inauditos silêncios da alma,

Alma de enigmas de origens, princípios,

Alma de mistérios do prazer, angústias,

Alma de sigilos de sentimentos, emoções,

Incognoscíveis solidões do tempo e ventos,

Das fontes ou dos lagos,

Mas somente das vias de acesso aos pântanos

Deixados des-conhecidos,

Silenciando silenciados silêncios:

Feixes de memórias reveladas no espelho

De horizontes longínquos, perspectivas de sentimentos

Aqui, lá, em qualquer lugar

Ali, em qualquer sítio do bosque,

Da orla do oceano,

As folhas de bananeira guarnecidas

De calor, gotas de ideais chuvilhando no chuveiro,

Floquitos de orvalho in-vernal tocando o vidro da janela,

Aspirações de maresias marítimas,

Óticas quimeras acariciando as imagens,

Palmilhando as vias das idéias e inquietações do ser,

Imagens-pretéritos perpetuando instantes de melancolias,

Retratos d´outrora perenizando momentos de prazer,

Pintura primeva re-velando das cores a neblina a cobrir Perquirições, pensamentos, olhar de soslaio,

É-se de soslaio para não comprometer

O que se pressente de infinitamente outro na vida,

Prazeres pretéritos trans-elevando desejos inconscientes

De tempos passados nas asas livres e soltas

Do há-de vir, do vir-a-ser, do porvir,

Da linguagem/estilo de sentir o agora

Comungada às ideias estalando

No espaço de segundos, minutos,

Fluxo ininterrupto de sensações aderidas às fantasias,

Do estilo/linguagem de verbalizar ações e atitudes

Através de contingências reais,

Tristezas e melancolias do sonho quiçá inda plausível

De recuperação, resgate - sabedoria, primeira lição,

Esperanças, sonhos, sínteses do passado e presente,

Saber, primeiro capítulo

Na longa estrada do tempo, o ser revelará

As dimensões do eterno, as circunstâncias do efêmero,

No tempo contínuo das veredas,

O não-ser

Apresentar-se-á descontínuo às luzes e contra-luzes,

Aos raios numinosos da manhã, às sombras

Do crepúsculo que trans-cendem o anoitecer

Sem estrelas, sem lua,

Despertam no alvorecer de neblina,

Manhã submersa, promessa de sol...



#RIO DE JANEIRO(RJ), 12 DE NOVEMBRO DE 2020, 07:16 a.m.#

 

 


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