#Graça Fontis PINTORA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA SONDA A CONGEMINAÇÃO POESIA FILOSOFIA NO POEMA Sondando o Profundo Mágico e Místico# ###


Sem elencar dados filosóficos a este magistral Poema, "SONDANDO O PROFUNDO MÁGICO E MÍSTICO", como outros críticos costumizados nessa área fazem, estarei apenas objetivando percucientemente em primeira instância o exame das imagens diagnosticadas, sendo assim, avanço a contendo na comprovação indubitável dessa estética literária bela, limpa e diferenciada,... fazendo jus a "Expertise" de uma mente que sabe o que faz com sua técnica apurada através de anos em desenvolvimento intermitente. Então, conseguindo localizar, visualizar e avaliar a profundidade deste e seus contornos de uma série de peculiaridades, é aí o cuidado MAIOR, pois mensurar com certa precisão essa análise a contento é o que fará a diferença no resultado final de seu conteúdo multidisciplinar e altamente qualificado, para que não seja artificiado, mas, verdadeiro nesse colecionismo de #Palavras zeladas com esmero e expostas com tanta precisão, como pérolas de supervalorização aos olhos privilegiados que as lêem e nidificam surpresa, conhecimento e prazer. É nessa dinâmica, sem retroceder meu pensamento:... Período conturbado esse, cicatrizes pretéritas colidem com o presente urgente, exigente, externo e internamente revolto na pluralidade extremada das dúvidas onde o círculo se fecha e comprime a autoestima cambaia de tamanha lucidez e a apreende à horas de tédios, mas, incrivelmente mais resistente e forte no momento de renovação dentro deste mundo de diversidades, provedor d'uma coletividade que insta mais humanização ao plantar hoje à consolidação no amanhã do futuro, mesmo tendo suas marcas a nos lembrar "O real propósito da vida", e, é numa normatividade plurativa, que temos uma vanguarda sem medo de evoluir, viver e se arejar nos sonhos idealistas e seus prazeres, sem amiudarem-se na triste palidez dentro d'um espelho cuja realidade não reflete e as rupturas não se concretizam, visto a superficialidade de olhares criteriosos dessa ode ao individualismo e seletivamente de sisudez ostensiva a vulnerabilidade estática de outros; espaço dinâmico e vezes irrelevante, contudo, é onde o escritor se defronta com o impasse entre tudo-e-nada na fundamentação de força e resiliência às conquistas reparadoras dos anos de trevas, tendo como referência a própria reconstrução ao apagar as marcas indesejáveis d'alma com a própria alma livre de incessantes ilusões e sem recognição às feridas abertas no tempo. E o autor diz: "oh, vida! oh, céus! E eu digo, oh, texto! Um suspense paralelo no ápice das palavras e não desligo a feliz sensação ao aludir o quanto me é difícil essa empreitada, caminhar com Manoel Ferreira Neto e seu pensar conciso sem contradições ao fundar em congeminação poesia/filosofia, tido um céu esfumado como pano de fundo onde caminha e transcendentraliza a própria imagem a imaginação com a mesma força calculada perdida quando o vazio desceu e sua memória pulverizou a sua e do mundo, toda dor. Eis aí, uma harmonizagem perfeita, ampla e poética, por quanto o escritor incursionou pelos seus pensares, com honestidade, fascínio e ousadia transcendendo magias e mistérios, emaranhado num ciponêz articulado destes, com sua inquietude peculiar e em seu rincão particular de grande iluminação, nos presenteia com mais este belíssimo Poema, feito um convite a seguirmos em frente sem dar voz aos pregoeiros das rés! Aplaudo sempre, meu querido, Parabéns!!!

Graça Fontis

###

#SONDANDO O PROFUNDO MÁGICO E MÍSTICO#

GRAÇA FONTIS: PINTURA

Manoel Ferreira Neto: POEMA

$$$

Nada há e há tudo nesse resplandecer

Na plena aurora do infinito imaginário,

Entre telhados brancos de luar,

Último chamado de pintassilgo, vindo de eternidade,

Versejando trinos, desejos, querências e enigmas,

Entoando tinidos, fantasias,

"O velho bugre entoando seu antigo ritual."

====

Há conscientes, outros inconscientes...

Templares do ser com visões do divino

Sondando o profundo desse espaço

Tão avidamente que mesmo o som inaudível

Dentre silêncio e palavras vislumbram na mais bela

Exteriorização da auto transparência das realizações da vida

Constituindo a extensão média em que estão escritos...

Que mesmo a harmonia invísivel

Dentre a solidão e as sensações do nada nascido do tédio

No mais esplêndido expressionismo...

Como um rio caudaloso banhando poeticamente

As margens da vida nesse universo onde a seriedade,

Quiçá o lúdico,

De forma linguisticamente hábil,

De modo semanticamente perspicaz,

Esguio, escorregadio...

De estrutura metafisicamente dispersa,

Gato das epistemes e das metáforas,

Sempre solércio, solerte,

Explora e lambe todas as possibilidades do até então impossível

Mas... possível sempre!...

===

Viagem sem retorno

Onde só o infinito é o limite dentro desse mundo

Uno em expansão

Ainda longe da verdade perene!...

Ignoro como as multidões cresceram

Dirigidas e comandadas com coração e alma de pedras,

"Bolson e Hit" estendem o tapete vermelho no chão das nações,

Poderia descobrir que estamos os homens todos sozinhos

No sonho do orgulho, nas utopias do poder.

===

A minha voz tem profundeza e calor, como se palavras corriqueiras houvessem saído do coração, ardentes e vivazes, pronunciasse-as com sabedoria no ápice de suas próprias probabilidades. A tonalidade não consegue dissipar de todo certa inflexão que poderia ter eu tomado por aspereza. É como se eminente e insigne musicista tirasse sons comoventes de um instrumento, acordeão ou piano, tão profunda a sensibilidade que encontrara órgão na minha voz.

===

Meu coração inunda-se de lágrimas e exala profundos suspiros. Oh, vida! Oh, céus! Na grandiosidade de alegrias e contentamentos exultantes, não há qualquer irreverência em perscrutar a face alterada e jovial que se revela.

Estas poucas palavras têm a mesma música misteriosa, melancólica, cujo tom parece jorrar de minh´alma, modulado na mais humilde, sincera, simples emoção. A agudeza dos sentimentos logo denuncia a mim uma respiração irregular, vinda de lugar no íntimo que está imerso na obscuridade, ainda que sagrado de profanos interditos libertadores de Eros e Thânatos. É um pecado que de certo modo a luz está mudando para sombra e lançando seu véu sobre tudo o que se sabe, se tem conhecimento.

===

Do sagrado, no qual acontece o milagre da transformação, da metamorfose, da mudança, nos quais o jogo do devir existe sempre, àquela mais alta e final humanização para a qual toda a natureza se dirige e impele, para salvar-se, para transcender-se a si mesma, para encontrar-se, olhando o mundo e os homens de cima.

====

O silêncio da vida que exala de seus re-cônditos

Interstícios o trans-cendente de utopias

Que ao longo do tempo assimila o outro

Das dimensões futurais da plen-itude,

O outro do outro vir-a-ser,

O eu do outro há-de ser o domus do divino

O "tu divino" que ilumina o espírito da contingência

Na sua con-templ-ação, ação de templar o "ser-com"

Os ideais da espiritualidade, o"eu eidético" que numina

O verbo da carne das imanências

Na sua evangelização,

Ação de divinizar o "ser-para"

A esperança do Ser da Vida,

Na sua espiritualização,

Atitude de sensibilizar o que trans-cende

A estilística das dialéticas do mágico e místico...



#RIO DE JANEIRO(RJ), 21 DE NOVEMBRO DE 2020, 08:56 a.m.#

 

 


Comentários