#BILHAR DA SABEDORIA E CONHECIMENTO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: ODE $$$


Solidão do silêncio, silêncio da solidão

Cheio de insônia leve,

Somnus espraiando ondas por todo corpo,

Saudade indômita das novidades do sonho

Com exuberantes grandezas

Aprofundadas em sombras,

Alvoroço das abundâncias,

Sensibilidades, intuições, percepções vivas;

Do silêncio, a solidão; da solidão, o silêncio

Da solidão do silêncio, conjugados, entrelaçados,

Sentimentos suaves, ternos,

"Cuidado, benzinho, há uma poça de lama,

Pule-a",

No amor, o momento de impessoal jóia resplandece no ar,

Só no tempo de prazeres

Há o arrepio dos segundos e minutos,

Sensações faiscantes de alegria, felicidade,

Outras quimeras projectadas nos traços primevos da Inspiração, da adesão do sonho/real e a realidade de sonhos,

Sensações indescritíveis deslizando-se suaves no sono

Do silêncio da solidão,

De somnus son-íricos de vozes sussurradas,

Líricas sonoras, melodiadas de signos, metáforas

Metafísica da tela e da pintura...

Intimidades florescendo nas floras do limiar de entrada,

Misturado ao tempo de movimentos, almejando glórias,

Risos, sorrisos, gargalhadas.

***

Silenciados silêncios silenciando

Verbos de lembranças à revelia do inconsciente,

O instante é sêmen vivo,

Cântico dos cânticos aquém do caos,

O caos é a origem do cosmos

O cosmos é a origem do caos,

Alhures, algures

Do inconsciente que regencia com primor

O bilhar da sabedoria e conhecimento,

Interação de mentes

À claridade do dia refletida nas vidraças,

Iluminando o espaço de jogo,

Luzes, contra-luzes à parte, às margens,

Regencia de pré-posições sensíveis e eruditas,

No efêmero tempo das origens, o vazio precedendo

As perspectivas de nonadas do eterno,

Simbolos das cores e efeitos refletidos nos linces do olhar

Concebendo fantasias, ilusões de sentidos,

A linguística das perspectivas de só letrar semente única

Intuições do divino, mesmo que em tempo de decadências

Das jogadas solenes, perfeitas sob quaisquer ângulos,

Onde talento e dom para tacada só preencher

O vazio da caçapa?

Princípio do nada, húmus do não-ser,

No eterno tempo do genesis, o nada precedendo

Os ângulos de travessias partidas de universos,

Nestes tempos em que os olhos

Comem as coisas, perscrutando as visões a-nunciadas,

De uma sala onde indivíduos reunidos jogam bilhar,

O sabor salivado de perquirições das cores,

Degustam-lhes das perspectivas a tela da reflexão,

Fim do absoluto, término das essências,

Derradeiros eternos da fé no além,

Início de sentimentos eivados de dimensões almáticas,

Preâmbulo de etern-idades nas trilhas dos jogos do tempo,

Nos bilhares salpicados nas rodovias do vazio ...

#RIO DE JANEIRO(RJ), 12 DE NOVEMBRO DE 2020, 09:32 a.m.#

 

 


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