GRAÇA FONTIS ESCRITORA POETISA PINTORA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O AFORISMO #JERIVASNADA# $$$


Fiquei de queixo caído com esta prosa poética de Manoel Ferreira Neto. Consumado o traste maior dos homens. Seria até o caso de ir à Polícia e pedir para tirar a "Folha Corrida" deste homem, para poder certificar de que o escritor não inventou, criou, descreveu piamente a personalidade e o caráter deste homem.

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Mas surgem perguntas: "Quem é o destinatário desta "missiva? "O escritor dirige a missiva confessando todas as suas canalhices no mundo?" Que resposta obter? Conhecendo o escritor, sei do que ele é capaz de escrever, quando quer descascar os pepinos de alguém; já publicou em tablóides sobre alguns homens com quem conviveu, chamou a Academia Curvelana de Letras de COVIL DE GÊNIOS em matéria publicada em tablóide. Impressionante é como ainda não foi processado.

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Ninguém melhor que ele para dizer. Perguntei-lhe: "Quem é o destinatário dessa missiva? Para quem você escreveu, dirigido a quem? Ou o destinatário é você mesmo?" E ele rindo, como quem obteve o seu objetivo, "depenou o franguinho vivo": "A história é mestra em desvendar estes tipos, espécies de segredos das letras. Tenho certeza de que futuramente irá dizer a quem dirigi estas palavras, descrevendo o seu caráter e personalidade." Insisti. Não obtive resposta.

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Não vou dizer que a prosa poética seja uma "porcaria", a arte está presente. Porcaria é o caráter e a personalidade deste alguém descritos pelo escritor. Dá nojo!...

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Fica o mistério: "Para quem o escritor escreveu?" Pelo jeito só o futuro dirá."

Graça Fontis

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RESPOSTA AO COMENTÁRIO SUPRA

Já... Já descasquei vários pepinos nas letras, coisas que simples mortais não tem a pachorra de dizer, descrever, fi-lo eu. Até a mim próprio ad-mira-me não haver sido processado, até preso. Penso que as pessoas mesmas concordaram com as descrições, qualquer medida a tomar seria inda pior, coisas seriam descobertas. Houve quem me parabenizou pelo esculacho que lhe dei na Câmara Municipal de Curvelo, funcionários saíram de suas mesas, vereadores de suas salas para assistirem à cena: "Parabéns, Manoel... Você fez o que eu sempre desejei fazê-lo."Houve ameaça sim, mas a pessoa fora aconselhada a não fazê-lo, sabia eu de muitas coisas mais e não iria titubear em publicar com todas as letras. O processo foi encaminhado à Justiça, mas a pessoa retirou-lhe.

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A questão aqui é o Aforismo/Sátira #JERIVASNADA#. Quem é o destinatário? Escrevi a missiva dirigida a alguém ou a mim mesmo? A História sempre desvenda esta espécie de obra. Desculpe-me, perdoe-me não dizer nem a você, Graça Fontis, o destinatário desta missiva. E aquando decifrarem este mistério, estou convicto de que os aplausos pela descrição fidedigna serão inúmeros. Só posso dizer que trabalhei bastante para ser leal e fiel à descrição, injustiça é coisa séria.

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Fica o mistério!...

Manoel Ferreira Neto

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#JERIVASNADA#

GRAÇA FONTIS: PINTURA

Manoel Ferreira Neto: AFORISMO/SÁTIRA

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Sou um homem depravado.

Sou homem-doente.

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Des-encarreirado da enfermidade!

A depravação buliu bem re-entrante em você,

A viperinidade remexeu-lhe profundo no íntimo,

A caguinchice mexeu-lhe na ferida bem pomposa,

A pernosticidade escarafunchou-lhe as prefundas malignas,

Conceberam-lhe enrubescer de tanta pudicícia,

Receio das línguas-de-vaca

Satirizarem suas atitudes e portes,

Mangofarem de suas idéias e ideais,

Pensamentos e utopias, razões e puerícias,

Venosidades, inúteis do psicológico e índole.

Desceu tão fundo no abismo de suas esquisitices,

E orgulhoso de uma inteligência e capacidade incomuns,

Que realizar a liberdade de quem desce fundo,

Sobe o mais que puder,

Não estimaria sabê-lo, as línguas-de-trapo castigam com veemência.

Não declarei nentes,

Não se revelou,

Nem possuiu a bonomia de refutar,

Ordenar-me escarafunchar baba do boi no não-ser.

Se o confecionasse, declararia:

"Não percebo o que é baba de boi

Você caminha comigo onde consigo escarafunchá-los,

Exibi-me, recolho.

Concertado assim?"

Sou prepóstero, retrocedido

Em cogitando nisso que sou...

Em conjecturando nisso que de mim é...

Em presumindo nisso que é de mim...

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Per-vertido da moléstia!

A per-versão mexeu bem fundo em você,

Re-versou-lhe a iluminação da dialéctica

Fez-lhe corar de tanta vergonha,

Medo das línguas de trapo

Pasquinizarem suas condutas e posturas,

Viperinidades, trastices do psíquico e natureza,

Gibinizarem suas etiquetas e performances,

Quiçá colocarem no livro do Guiness...

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Ah, sim...

Parece-lhe que estou a enviar-lhe um bilhete

Em duas linguagens diferentes,

Para o seu entendimento, estimo sabê-lo,

Estou a subestimar a sua inteligência e sensibilidade,

Para quem sabe escrever o verbo pode ser substantivado,

O hífen pode servir a inestimáveis inspirações, intuições, interesses,

Não me esqueça a mim deste pormenor sui generis:

Intelectualidades olhando-se mutuamente,

Verbos incógnitos se re-velam com clareza e solércia

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Não disse nada,

Não se expressou,

Nem teve a pachorra de contestar,

Mandar-me catar coquinhos no nada,

Ou jerivás, se o quiser,

Já que pode substantivar o verbo,

Concedo-lhe, con-sinto-lhe este obséquio

Da escolha do termo.

Se o fizesse, diria:

"Não sei o que é coquinho.

E jamais ouvi esta palavra "Jerivá",

Assim o coquinho é conhecido noutras culturas?

Você vai comigo onde posso catá-los,

Mostra-me, apanho.

Combinado assim?"

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Sou in-vertido, re-vertido

Per-vertido

Em pensando nisso que sou,

Em cogitando nisso que de mim é

Caracteres de meu caráter e personalidade,

Pensei na sua per-versão,

A in-versão re-vertida da per-versão,

A re-versão per-vertida da inversão,

A per-versão re-vestida da re-versão in-vertida

Habitam-me os mais profundos interstícios de minh´alma

E não residem na psique de seus alucinados tesões,

De sua libido doentia de desejos carnais

Desculpe

Se confundi alhos com bagulhos,

Não separei o trigo do joio,

O pervertido sou eu,

Você é apenas a in-versão da perversidade,

Porquanto

Chamar-lhe pervertido é obtuso, oblíquo

Devo chamar-lhe de per da versão obtusa

Ou vertido de obtusa per

Da natureza humana

Com todas as suas lídimas neuroses, psicoses

Distorções da personalidade e caráter?...

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Há uma questão primordial, podem considerá-la excêntrica:

Se lhe chamar de per da versão obtusa,

Os utopistas que trilham os seus caminhos,

Sentir-se-ão deverasmente subestimados,

E o bando de capachos que me seguem

Irão se sentir orgulhosos com o olhar de lince

Me foi inspirado para o conceituar, definir.

De nada lhe chamo...

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Letras de minha índole e temperamento,

Meditei na sua libertinagem, libidinagem,

A anástrofe retrocedida da depravação,

A devolução transviada do hipérbato,

O envilecimento recapeado da ancestralidade prepóstera

Residem-me as mais penetrantes frinchas de Minh ‘alma

E não habitam na alma de suas enlouquecidas tesuras,

De sua libido doentia de desejos carnais

Indulgencie

Se misturei espertalhões com graúlhos,

Não desagreguei o bom do mal,

O transviado sou eu,

Você é unicamente a anástrofe da malignidade,

Pois

Evocar-lhe desencarreirado é tosco

Presto convocar-lhe de depravação bruta

Da essência humana

Com todas as suas vernáculas neuropatias, psicopatias

Neurastenias, esquizóidias, esquizofrenias,

Deformações do temperamento e índole...

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Ah...

O instante crucial desta facécia resultante de um equívoco:

Pensa então, e sapateará sobre um tapete persa,

Ser uma verdade incólume, e pode comprovar com todas as

verborréias cognoscivas, a dialética da iluminação doa, entrega à carne o verbo da atração, a carne se sente atraída pelo intelecto, vice-versa, e o intelecto doa à carne a reflexão... A carne reflete? Nem vou terminar a idéia, verdadeiro despautério.

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Sou um homem depravado. Sou homem-doente.

#RIO DE JANEIRO(RJ), 07 DE NOVEMBRO DE 2020, 06:57 a.m.#

 

 

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