ONDE AS FLORES DESABROCHANDO MANHÃS...# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO ###


 

EPÍGRAFE:

O "ONDE" é o equivalente subjetivo do sítio, do lugar, da Casa-do-Ser para o encontro com o "Numinoso".

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Onde resplandece a luz dos idílios do verbo, sorrelfas de regências, anti-poema poiético do sonho, anti-poema po-emático do In-finito, verb-érisis do além seduzido pelas fantasias do Pleno.

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Onde...

Sublim-itude do anti-poema, esia do eterno

Eterno de mazelas,

Eterno de fugas,

Eterno de mentiras,

Eterno de in-verdades,

Numina os volos da esperança re-vestida de iríasis

Da verdade, florescem os in-auditos do belo,

Utopia dos sentidos que pervaga nas ondas tocando

A areia do mar, maresia de suave leveza...

Maresia de suave leveza da humanidade,

Maresia de suave leveza da solidariedade,

Maresia de suave leveza da ética,

Maresia de suave leveza da consciência.

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Onde...

Re-versa versos dos ex-tases vernaculares e verb-erisíacos

Quimeras da razão à luz e à forja do mistério do ser,

In-versa floresce a linguagem do amor,

A carne que se deseja vida,

Mitos místicos do pleno.

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Onde...

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Onde as águas límpidas e cristalinas do rio sem pressa, sem margens corre seu eidos-éresis, anti-poema das moléculas dos sentidos. Onde as cintilâncias das estrelas iluminam o celeste de todos os horizontes, as esperanças de todos os desejos e sonhos serem o Verbo do Amor.

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Onde...

Onde...

Onde...

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Flores

Des-abrochando manhãs nascentes,

Esplendentes de raios numinosos

Elevando de pétalas em pétalas

Perfume suave a extasiar

De natureza a transparência de brilhos divinos

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Do vazio à multiplicidade de flores ao longo dos campos,

À diversidade de cores ornamentando querências

Às variedades de preliminares visões de sentimentos,

Leveza do espírito com a perfeição da natureza,

- Absoluto da vida -

Amor que verbaliza o eterno, plen-itude do sempre.

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Ser de sou, em mim o verbo,

Que re-nasce, re-nascendo o re-nascer,

Que, re-nascendo o re-nascer, re-nasce o ser-da-vida,

Sou de ser, nos re-cônditos da alma,

A luz que alumina a morte e vida do verbo,

Espero alumiar a vida do verbo

Espero morrer a morte das corrupções,

Morrer a morte das injustiças,

Morrer a morte do Pane et Circenses,

Olhando o céu de frente,

Perdido sempre em chegar

À verdade, à História de Dialéticas,

Vem o sertão, vem o vale,

Vem o desencontro, vem o encontro,

Vem as armas, vem as flores,

[Vem Dalai Lama, vem Ghandi

Iluminâncias que iluminam a vida e o eterno-do-ser],

Ilumin-idade que dessedenta a carência

Da sabedoria das Palmeiras.

#RIO DE JANEIRO(RJ), 22 DE NOVEMBRO DE 2020, 09:11 a.m.#

 

 

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