#CALAFRIO DO SUBLIME DA GRAÇA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ====


Não preciso do Deus dos cristãos,

Não preciso de André Luís dos espíritas,

Não preciso do Espírito dos budistas,

Não preciso da Ressurreição dos evangélicos, crentes,

Não preciso da Katharsis dos gregos,

Não preciso do Cogito Ergo Sum de Descartes,

Não preciso do Comportamento de Skinner,

Não preciso da Substância de Spinoza,

Não preciso do "Eu" de Fichte,

Não preciso do Absurdo de Camus,

Não preciso da Sedução de Kierkegaard,

Não preciso do Ser e Tempo de Heidegger,

Não preciso da Mauvaise-foi de Sartre,

Não preciso do Em-si de Hegel.

Não preciso mais ter medo do erro, do equívoco, do engano,

Não preciso namorar a Cor-agem, Irreverência, Insolência

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A amplidão de todas as coisas que crescem e que perduram à beira do caminho do bosque dá-me a terra, a natureza. A liberdade é o mistério do mundo que se manifesta, revela em mim, o verso do espelho das aparências, a estrofe da contradição das fugas para a consumação da covardia. O coração de todas as determinações é a dimensão em que eu próprio posso me determinar. Ainda posso me estremecer no calafrio do sublime, da graça.

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Horas de martírio em minha vida

Em claridade sombria

De desalentos, desolações, tristezas,

Quem não as conferiu em mim,

Vertendo lágrimas, roguei à terra-mãe,

E nunca em vão, a esperança da continuidade das utopias,

Meu jovem ser

Exausto de reclamar, queixar-se,

Só confiou no Anjo Graça

O Espelho do Eterno reflete, hoje,

Sentimentos de alegria, contentamento,

Só emito opiniões subjetivas, metafísicas,

Disposições e desejos d´alma,

Utopias da felicidade, do Amor à Vida, da Ternura ao Viver

Vida é partir para margens, orlas distantes

E ao mesmo tempo para

O que está bem próximo,

Graça é a artífice de minha vida

Leva-me ao coração do mundo.



#RIO DE JANEIRO(RJ), 24 DE NOVEMBRO DE 2020, 05:23 a.m.#

 

 

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