//**SUBLIME DE MÍRIADES DO VERBO DO IN-FINI-TIVO**// - Manoel Ferreira


Epígrafe:
Sou letras que buscam expressar o Espírito do Verbo em comunhão com as contingências da alma.



Se amanhã houvesse de numinar o ipsis das metáforas da plen-itude que re-versa o além das con-ting-ências com os confis do abismo, quando a re-novação das esperanças se faz no entre-laçamento nupcial dos volos de verbos cujas gerências são lumes da dialética do nada e ser, na koinonia simbólica dos latinos lácios do infinitivo circunvagado de versos e estrofes do perpétuo nada, poiésis e poiética da linguística pura e prática do vazio, poemática do absoluto. Alvorecer de hoje visto sob os linces de amanhã, visão do imperfeito subjetivo das quimeras e fantasias, perfeição do indicativo que verbaliza os particípios do tempo idealizando as peren-itudes de arribas em pleno baile de balalaikas e fados de nostagias e melancolias.
Se amanhã houvesse dee omnipresentar a luz cristalina que incide no riacho de águas notívagas, os raios numinosos do sol que incidem nos campos de flores silvestres, e a sombra na calçada da tabacaria resplendendo de serenidade a imanência das glórias, e à soleira das grutas de estalactites o canto da coruja saudando o silêncio milenar do genesis, solidão secular do cântico dos cânticos sob a cintilância da lua nova que perfect-erseja o sublime de miríades do verbo do infinitivo, hoje simplesmente estivera eu sentado na rampa de meu casebre, a-nunciando o alvorecer, ouvindo o trinar de um pássaro que me inspira a solicitar do que trans-cende o além o forclusivo ritmo da etern-itude e no de-curso e per-curso do dia alumbro os nadas e vazios à luz interstícia e inter-dita do sublime, creio e re-crio imagens e faces do vir-a-ser
Se amanhã houvesse de memorizar as pers de pectivas do instante vivido e vivenciado de sentimentos e emoções, as pers da cusciência do logus e gnoses da liberdade e consciência, quando os uni-versos e horizontes do há-de ser abrem suas venezianas para os solstícios do trans-cendente, quando a neblina nívea perpassa as brumas do nada, feliz e saltitante por vislumbarem a travessia do vazio em direção às forclusivi-itudes da esperança perfeita, divina da ribalta do silêncio, picadeiro da solidão, onde, não vez por todas, mas todas as vezes, digo a mim nalguns momentos, como este, sentado no centro do picadeiro, em posição de re-flexão, meditação, um palhaço que conquistou diferentemente com as letras que sou, sou as letras que buscam a expressão do Verbo do Espírito, em comunhão com as con-ting-ências da alma, hoje tão unicamente estivera eu, houvera a mim estado e pensando, quiçá elucubrando, as nuvens brancas no espaço celeste , perfilando o ossuário do uni-verso, cont-templando a montanha coberta de neblina, o tempo nublado, chovera na madrugada, chuva que só estiou às cinco e meia da manhã, hora de enviar flores para a amada, via bate-papo do facebook, (se não o fizer, todos os dias, ela reclama, fica como diz "de rabo azedo); estivera cachimbando, sentado na cadeira de balanço, olhando de viés as coisas e objetos, fortuitas as idéias que bailavam na mente, eram tristes e ensimesmadas.
Se amanhã houvesse de elencar os momentos de felicidade de "filicidade" vivenciados, sorriso de orelha a orelha, o peito arfando, dizendo-me a mim em palavra a vida me fora solidária e compassiva, legou-me inúmeras conquistas, só prazeres e alegrias, hoje estaria escondendo a cabeça debaixo da coberta de tanta vergonha da crassa e ruça mentira de a vida haver sido plena de felicidade e alegrias, coisas do amanhã, prefiro a realidade pujante de hoje, se o amanhã houver, quiça elenque os pensamentos forclusivos da eternidade, quando no mundo só as cinzas de mim mistruradas na terra. Aeternitas. Libertas.
Se amanhã houvesse de..
Se amanhã houvesse de...
Se amanhã houvesse de...
Se amanhã houvesse de ser o verbo da carne...
Eis o "sou de mim". Eis o "tecedor de palavras" em nome da busca da expressão do Espírito do Verbo, em comunhão com as con-tingências da alma.
Se amanhã houvesse de versar as miríades das intuições, percepções, sensibilidade que per-cursam a luz, de-cursam o brilho das imagens semânticas do ipsis da prosa ao litteris da alma, desejando o rosto das infini-itudes dos desejos e vontades, ser a efígie de um rosto de con-ting-ências da alma e nelas habitando a expressão do verbo do espírito, hoje estivera dobrareando as páginas ensimesmadas, en-si-mesmadas, pálidos crepúsculos do alvorecer sertanejo, ouvindo um trinar de pássaro lindo, tecendo de letras o tapete silvestre em direção ao infinito, ao que trans-cende o esplendor da liberdade de ser quem faço de mim, crio-me, re-crio-me, invento-me, re-invento-me às nuanças de brilhos e cintilâncias do há-de verbar mazelas e pitis nas bordas dos tapetes, cujos símbolos e signos são o entre-laçamento de outros fios no barroco de subjuntiv-itudes do eterno que riscam o étereo do espelho com o diamante ilustrativo das brumas que habitam as prefundas dos mistérios e enigmas, são eles o húmus da pétala seca da rosa negra, que exala o perfume das eter-itudes, o que é o odor agradável e sensível da esperança, sonho, utopia, sorrelfa, quimera das nostagias que confeteiam da arte de tecer as saudades melancólicas e ensimesmadas de salpicos e sarapalhas regenciais da perfectu-itude do amor-caritas nas ad-versidades e div-ersidades do "come, pequena suja, come chocolate, olha que não existe outra metafísica no mundo senão comer chocolate", eis o fingimento, eis a farsa, eis o ethos do son, poesia e identificação do ethos da música, do acorde do violão do boêmio que canta o lírico das linguísticas, que figuram as orquídeas da Alegria Breve.



Manoel Ferreira Neto
(11 de agosto de 2016)


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