Ana Júlia Machado, ESCRITORA E POETISA, ANALISA E INTERPRETA O TEXTO /**MIUDEZAS DO ALÉM IN-FIN-ITIVO**/


Grande escritor, mestre e poeta a este seu colossal escrito, em que me sinto uma grande miudeza não do além infinito, ou quiçá será...apetece-me responder assim:
Umas locuções, de tão odoríficas pressagiavam comparências apenas pela fragrância. Distintas, acarretavam minuciosidades e existências insignificantes nos verbos.
Mas, grande poeta encaminha antes tua locução
e cedo a minha despida
ao teu talento
e rasgo
o fio bárbaro
da óptica
somenos do júbilo.
Encaminha tua raspa,
espicaça a bonança
o meu sossego
Cega
este ócio,
o berro,
o poema desfalecido,
a poética solidão.
Restitui a seiva
do canto
em meu
espírito.
Cogito que em certas ocasiões é imprescindível volver pelo adverso, conquistar minuciosidades apetecíveis que o ser deixa de saber aquilo que já sabia.



Ana Júlia Machado



//**MIUDEZAS DO ALÉM IN-FIN-ITIVO**//



Miudezas do in-fin-itivo eivando de luzes e sombras verbais a contingência de só efêmeros na jornada da vida. Restos dos efêmeros regando de imaginações férteis e instintos retrógrados a impossibilidade do perpétuo ser o gênesis dos místicos mistérios.
Vestígios das in-fin-itudes das zagaias pretéritas e primevas substanciando de brilhos e brumas regenciais as in-digências de exclusivamente solipsismos nas travessias do verbo ao tempo, das pontes partidas do nada ao absoluto silêncio.
Nada de ab-soluto, nada de eterno, seivando de pectivas do ser ou não-ser as pers re-versas in-versas, onde retros aninham guaxos do nonsense, ad-versas de abismos e vazios, con-versas de cavernas e grutas. Nada adianta fazer as palavras bailarem ao ritmo das buscas e desejos da compreensão, cumpre con-sentir com a liberdade da id-ent-idade alicerçada, construída com as contradições do desejo e realização, a leveza do ser se a-nuncia. Permitir angústias e tristezas, nostalgias e melancolias naufragando nos ab-surdos do tempo, aceitar a morte sem haver alcançado o eidos das plen-itudes.
Sem inspiração para as regências da sin-estesia,
Sem inspiração para as concordâncias do estilo e linguagem,
Sem inspiração para as elipses do inter-dito e significante
Sem inspiração para as intuições da sátira da sublim-itude
Sem inspiração para as visões-{de}-mundo futurais
Pretéritos de nada. Pretéritos éritos do apocalíptico tempo das consumações dos passos a passos que deixam marcas no solo de canaviais, nas areias das praias defronto ao pôr do sol. Sonhos molhados de imperfeitas sensações. Particípios do efêmero. Magia de vida, ontem do caminho adiante. Gerúndio de vazios. Subjuntivos da liberdade de des-fiar a linha sem limites no uni-verso das coisinhas vivenciárias e vivenciais, cositas dialécticas e contradictórias. Letras que inscrevem sinais do vir-a-ser.
Des-aprender o instante-limite, absurdo nauseabundo do não-ser, escancarar as venezianas do re-conhecer a proximidade do longínquo se encontra, estabelece-se nas ipseidades da continuidade dos sonhos e esperanças do verbo que conjuga seus modos de interação com os horizontes por onde as cores diáfanas e cristalinas do arco-íris per-vagam, circun-vagam nos eclipses do espaço pético, po-emático das miudezas da felicidade que nada são senão inspiração e impulso para o inaudito de mistérios e enigmas, des-compassado de ritmo e melodia, desconectado de acordes e musicalidade, murmurando, ruminando, sussurrando o silêncio da solidão, emudecendo os paradigmas do solipsismo, os paradoxos das facticidades.
Gênesis do caos. Apocalipses de nonadas elevando as travessias aos auspícios do tao ser do eidos do silêncio que todos chamam de sala de visita da re-flexão da coruja cantando o desértico de quimeras e ilusões, fantasias e sorrelfas, mas o som é a fertilidade que trafega nos joios da mauvaise-foi e diz com ternura, carinho, amor, caráter a cáritas em sendo concebida no elísio campo de orquídeas, flores silvestres, sendas e veredas de cáctus ao longo das poeiras que preenchem o coração de volos e êxtases da utopia.
Cosmos de pretéritos. Forclusions de subjuntivos inspirados no gerúndio, participando com abstratos do porvir. Cenário. Performance. Teatro do alvorecer de amanhã à luz de hoje, hoje de cobrir de amor e paixão as poeiras do uni-verso.
Amanhã não houve, houve o hoje de amanhã, amanhã nada é, hoje é o elísio do mar que sonha a praia de gaivotas ciscando o novo voo para o in-fin-itivo das miudezas do além.



Manoel Ferreira Neto
(11 de agosto de 2016)


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