CONTRA-CAPA DE //**ALTERIDADE DO OUTRO EM SARTRE - UMA LEITURA DO OUTRO E O OLHAR EM "O SER E O NADA" - Manoel Ferreira

POST-SCRIPTUM:



Fora convidado por Padre Renato Diniz Magalhães Filho, professor de Filosofia no Seminário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus, para uma Palestra sobre RAZÃO E ILUMINISMO NO SÉCULO XX, aos 05 de março de 2001, para os alunos do Primeiro Período de Filosofia, por ocasião do lançamento de meu segundo livro, publicado pela Editora Armazém de Idéias, Belo Horizonte, 2000, ÓPERA DO SILÊNCIO. Conhecendo Marize Lemos, diamantinense, com quem me casei no Civil, decidi residir em Diamantina.
Assim que chegara à cidade, disseram-me que era interessante Curvelo, minha terra-natal, ter Secretaria de Cultura, Casa de Cultura, sendo que não tinha cultura alguma. Para os diamantinenses, todas as culturas são inferiores à Cultura Diamantinense. Povo parasita, que vive do passado, do Patrimônio Cultural da Humanidade. No presente, é uma cidade que não tem nada.
Outra arbitrariedade do povo Diamantinense. Padre Celso de Carvalho, curvelano de nascimento, era professor de Filosofia no Semionário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus, e também poeta-trovador. Desde a minha chegada, ouvia dizerem Padre Celso de Carvalho ser o maior poeta diamantinense, o que retruquei, dizendo que não, ele era curvelano de nascença. Diamantina estava roubando a nossa cultura curvelana.
Em 2003, decidi escrever a minha Dissertação em Filosofia, UM OLHO MANDA O OUTRO À MERDA. Escrito, saí pelas ruas da cidade, durante um mês, recolhendo patrocínio dos comerciantes para publicação. Alguns comerciantes negaram-se a patrocinar, dizendo que o faria se eu modificasse o título, o título era um acinte à moral e aos bons princípios. Recusei-me a modificá-lo. O livro já na Gráfica, quase editado, procuraram o Seminário para que me convencessem a modificar o título - princípio de setembro de 2003. Nesta época, havia começado a lecionar Redação para os alunos do Quarto Período de Filosofia. Padre Manuel Quitério, professor de Teologia, português de nascimento, chamou-me em particular e me intimou a modificar o título para ALTERIDADE DO OUTRO EM SARTRE. O título original ofendia a tradição religiosa de Diamantina. Temendo represália do Seminário, havia começado a lecionar, con-senti na mudança, mas contrariado. O lançamento do livro se efetivou aos 21 de setembro de 2003, no Largo da Associação Comercial e Industrial de Diamantina, na Boutique Cyrillo, das irmãs da Pintora renomada no Brasil e Europa, Martha Moura. Em Diamantina, vendi apenas um livro no lançamento, e dois na cidade. O resto, 1000 exemplares, foram vendidos em Curvelo.
O ódio de Diamantina por mim começou com o discurso de Lançamento do livro LA MEZZA NOTTE, de Antônio Carlos Fernandes e Wander Conceição. Efetivou-se com o lançamento de minha Dissertação em Filosofia.
Em 2006, visitei a Biblioteca Pública de Curvelo, para saber quantos livros de Padre Celso de Carvalho havia na Biblioteca. Somente três, e são inúmeros. Retornei a Diamantina e tentei entrar em contato com alguns diamantinenses no sentido de permitirem que eu tirasse xerox das obras de Padre Celso para doar à Biblioteca de Curvelo. Negaram-se, dizendo não o faria, pois Padre Celso era o maior poeta-trovador de Diamantina. Abri os verbos: "Vocês diamantinenses estão roubando a nossa cultura curvelana. Vou denunciar isto publicamente", o que me responderam: "Faça-o e sofrerá as consequências". Disse a plenos pulmões: "Quero ver as consequências. Vou agora mesmo à televisão para efetivar a denúncia". Fi-lo. Frente às câmaras fiz a denúncia, chamando Diamantina de ladra da cultura curvelana. Nada aconteceu com a entrevista editada pela televisão de Diamantina. Não sei como não fui assassinado em Diamantina por essa época, pois a entrevista fora apimentadíssima. Aos 05 de janeiro de 2007 fiz o testamento no Cartório proibindo a minha obra de ser divulgada em Diamantina. De 2007 a 2014, quando me separei da minha mulher, isolei-me na minha casa, só saía para ir à padaria comprar leite, pão e cigarros e nos botequins tomar uma cerveja. Não ia mais a lugar algum, não participava de nada. Vivia sob todos os olhares de ódio e raiva: alfim bati de frente com as viperinidades do povo diamantinense.



CONTRA-CAPA DE //**ALTERIDADE DO OUTRO EM SARTRE - UMA LEITURA DO OUTRO E O OLHAR EM "O SER E O NADA"



O "olhar" o Outrom mostra e identifica que os caminhos de tecimento do Nós estão muito distantes, tudo está limitado e delimitado nos conflitos, angústias, preconceitos...
Contudo, se tomarmos consciência dos caminhos que os homens, os indivíduos, os seres humanos podem atingir com o saber "olhar", conhecimento de sua dimensão profunda, desejo de saciar a sede de sabedoria à busca de encontro, harmonia, acima de tudo, compreensão e entendimento do sentido das relações, a integração do Eu e Tu, estabelecendo o "Nós", muito se pode fazer para que a visão-de-mundo possa ser inteirada às relações humanas. Somos todos "medusas petrificadas", mas isto não significa que não possamos modificar, transformar o convívio com o outro, quem, em verdade, é uma dimensão de nossos "eus" interiores, como nos ensina o escritor-filósofo Jean-Paul Sartre com toda categoria.
A título de novos ideais, assim o creio, "... um livro para todos e para ninguém", dependendo dos desejos e sonhos de cada homem, a leitura e tradução das utopias.
Lede a obra, refletindo e questionando, e fazeis "devaneios a respeito de tão maravilhosos terrenos e divinos Seres que Somos"



Manoel Ferreira.


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