*MESTRES DA LIBERDADE** - Manoel Ferreira


Dimensões lúdicas e cômicas
Inter-dito de meiguices insolentes do inferno,
Insolências meigas do éden
Íntima inspiração de que o sentido eidético
Delas mesmas se revelará
No caminhar nas sendas e verdades,
Nas veredas, nas margens da estradas de po-eira,
Re-fletir-se-ão nas
Miríades do ser,
Arco-íris de todas as experiências espirituais,
No instante contingente do nada e a liberdade,
Cujas asas foram, voaram passados e sombras,
Bailaram ao ritmo dos ventos de leste,
Flanaram ao som de sibilos do abismo,
Deambularam entre as constelações,
Perambularam nos devaneios do jamais e sempre
Maestrias do sensível e contingências,
Tecem com a intuição a colcha do tempo
- de antemão às revezes, a vida
de revezes ao antemão, volos e volúpias -
Do que transcende o efêmero,
Voar, cruzar, ultrapassar fronteiras
Pectivas de sonhos e desejos,
Não se inscreve nas tábuas de mármore a liberdade
Com a pena do há-de vir, o há-de vir é fruto de ideais fantasiosos,
Com a tinta da dialética da existência dialética, medos e cor-agens,
Traça-a de equilíbrios e os desequilíbrios das idéias e ideais
Silêncio de puro êxtase
Canto gregoriano ouvido nas solidões,
Liberdade: símbolo de plen-itude
Quem a deixa perpassar todas as dimensões do ser,
Do espírito e da alma,
Com certeza, sente o eterno,
Sem a presença da imortalidade, da postum-idade
Vaga-lumes da esperança, piscam e piscam,
Ninguém se di-verte ou extasia
Com as óperas do silêncio ou dos mortos, sinfonias do deserto ou dos cânions perdidos,
Ninguém faz amor nos românticos crepúsculos e madrugadas de inverno suave e sereno, nem escreve missivas de amor nas auroras de manhãs de inverno ou de verão,
Apenas curte o esplendor do berço,
A magia do sono, a magnitude do eterno.
Em berço esplendido não se sonha,
Não se cria quimeras, não se re-cria fantasias,
Não se inventa ideologias e interesses,
Não se recria utopias e dialéticas,
Refestela-se nos braços do tempo que se vai a passos melodiosos em direção ao infinito de todos os horizontes, aos horizontes de todos os uni-versos, caminhando e cantando, seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não, fazendo das flores o mais forte refrão.
Eternidade do belo e da beleza,
Campos floridos de rosas, crisântemos,
Em grandes plantações o alimento
Para todos os verões e invernos,
Nas escolas,
Campos e construções,
As lições da liberdade e da livre expressão,
Formigas e cigarras deliciam-se no repouso e descanso.
!Este momento de euforia, de êxtase,
Dormindo no berço da vida sem limites,
sem princípio, meio, fim,
É a flor da eternidade,
é o cheirinho agradável
Da imortalidade nos epitáfios de mausoléus.



Manoel Ferreira Neto.
(Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016)


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