SONINHA SON ESCRITORA E POETISA COMENTA O TEXTO /**VIVER AS CONTINGÊNCIAS É A LUZ"


FABULOSO!
Aquelas razões desejadas para superar o momento não importam mais, não possuem mais qualquer validades. Infantilidade procurar razões para as coisas que acontecem, no movimento das contingências é que são superadas suprassumidas._______________ Procurei um trecho do seu texto que me fosse mais relevante, porém tive que fazer isso ao acaso, escolher qualquer trecho, pois todo ele está mais que repleto de coisas boas e profundas, essa literatura expressa sua magnificência, claro todo momento é único todo texto é o melhor até que surja o próximo, mas esse teu nem imagina a beleza e a força mensageira nele contido Manu, veja bem meu lindo, creio que estamos num momento precioso de todos os tempos no quesito "Artes" aqui se deu ao contrário: primeiro li o sequente e agora lendo seu anterior ou deveria dizer seu interior?Momento magnânimo de sua criação e de sua linda Gracinha, maravilhosos ambos. Estou encantada com a conexão que está flutuando ora aqui ora acolá...Como eu disse todos interligados vivendo um momento muito especial.E quando nos diz que sentou sem quê nem porquê apenas para espremer os miolos e nossa o que posso mais dizer?Não precisou espremer nada , fluiu tudo leve como um rio mavioso, assim estou me sentindo.Grata Manu!Continue nos doando isso sempre. Bjos Manoel Ferreira Neto



Sonia Son Dos Poem Gonçalves



Minha querida e inestimada Amiga, Soninha Son, só há um modo de lhe responder a este comentário tão especial. Este modo é com versos de John Lennon na música WOMAN, dedicada a Yoko Ono: "And, woman/I`ll try to express/My inner feelings and thanfulness/For showing me the meaning of success" - "E mulher/Tentarei expressar meus sentimentos interiores e agradecimentos por me mostrar o sentido(significado) do sucesso..." Isso aí: Gracinha está me mostrando o que é isto ser escritor e homem ao mesmo tempo.



Manoel Ferreira Neto.



*VIVER AS CONTINGÊNCIAS É A LUZ**



Não importa a dimensão contingencial de um momento; importa sim o que se é possível realizar com ela. Momento assim revolucionou as ciências, as artes; momento assim deu origem a obras-primas na Literatura, na Poesia; momento assim espiritualizou alguns homens. Assim, esse momento, qual seja, de medo, angústia, tristeza, depressão, desconsolo, solidão, é necessário, faz a diferença, são pedras de toque do novo, da re-novação, da in-ovação. Todos os homens vivemos à busca da felicidade, entregamo-nos plenos e inteiros a este desejo, vontade, e a felicidade não concebe fruto algum, não dá origem à revolução nas ciências, nas artes, obras primas não vem à luz... Viver as contingências é a luz, é o arco-íris, são os raios numinosos do sol.
Quão difíceis são estes estados de alma, medo, angústia, tristeza, depressão, desconsolo, solidão. Há quem não consiga conviver com eles, suportá-los, aproveitá-los como húmus de outros tempos, entregam-se, sucumbem.
E todos estamos sujeitos a este momento contingencial. Jamais pensara fosse acontecer comigo, nó górdio na garganta, o coração pulsando descompassado, o olhar perdido na distância, irritação, nervosismo.
Mais do que acostumado com a inspiração presente sempre, até a iluminação pres-ent-ificada, criando, criando, criando, compulsivamente, por vezes acordando com textos ou poemas na cabeça por serem realizados... Vem o momento inesperado de nada estar produzindo, criando. Antes, se projetava algo a ser escrito, não era possível única letra, era sentar e escrever, improvisadamente. E, neste momento, para amenizar as dores e sofrências, experimentando projetar algum poema ou texto, mas o que surge de idéia, de inspiração é acompanhado: "Não vou dar conta do recado. Prefiro a pena sob a mesa do que porcaria numa ou algumas páginas".
Talvez o momento tenha origem: não estar satisfeito com as criações, desejando outros voos, outras luzes - mas nenhum indício de re-novação se revela, o resultado sendo "empacar", e no lugar do que não agradava, não satisfazia, dava náusea, a presença de um vazio sem limites e fronteiras. Outras explicações, outras razões para não estar produzindo coisa alguma. Num momento assim nada adianta ficar escarafunchando as coisas à busca de motivos, razões. Não se lhes encontra, o criar torna-se ainda mais complicado. Notoriamente situação de Sísifo: jamais resposta será encontrada, a fertilidade da imaginação criando coisas. Só uma solução: deixar as pedras rolarem montanha a baixo. Nalgum instante o retorno à produção, à criação, e até de modo diferente, satisfazendo e felicitando mais. Aquelas razões desejadas para superar o momento não importam mais, não possuem mais qualquer validades. Infantilidade procurar razões para as coisas que acontecem, no movimento das contingências é que são superadas suprassumidas.
Sentei-me à mesinha de trabalho determinado a escrever, mesmo que tivesse de queimar todos os neurônios, espremer os miolos, arrancar tufos de cabelos na calvície, mas um texto escrito. Engraçado, muito engraçado: não parei um segundo para pensar, refletir, meditar, à mercê do fluxo de idéias, pensamentos, sentimentos e emoções.
Agora pouco me importa se este texto seja renovação, inovação, aprofunda as minhas coisinhas, é novo tempo que começa, é obra-prima, está revolucionando tudo o que antes fora escrito. Isto é ninharia para mim.
O importante é que o texto está escrito.



Manoel Ferreira Neto.
(21 de agosto de 2016)


Comentários