#ZERO FORA NOS NADAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA ***


Destino ad-verso aos princípios... Quem o sabe? Princípios que não foram desenhados na tela dos tempos de refletir e meditar as incongruências, contradicções, nonsenses do saber as idéias mudam a História e a História trans-forma as utopias, atrás do vazio da tela reinando o nítido nulo,o zero obtuso, zero fora nos nadas, até mesmo espreguiçando leves e soltas as indiferenças à continuidade das situações e circunstâncias, contingências. Ad-versos aos princípios?Princípios são, considerando antemãos e reversos avessos dos pontos e vistas que explicam e justificam despautérios, amenizam a cegueira da alma, assim não havendo quaisquer modos de arquitetar luzes de ver o mundo conforme suas manifestações de solidão, carente de presenças de suas lágrimas devido às tristezas de os "bolsons" e "lulas despirocadas" humanizarem as visões do sem-sentido, lapsos de memórias de instantes, instantes que foram inspirações para outras paisagens do deserto seco do vazio, desejando esvaziar-se in totum, inexistir aos olhares da terra-mãe, do mundo.
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Destino? Criá-lo, re-criá-lo, tecê-lo de sentimentos, artificiá-lo com posturas de quem funda o nada com pensamentos sensíveis de valorizar o existir, nenhum "bolson" ou "lulas despirocadas" será capaz de atitude que o faça, dar-lhe fundos e mundos de seriedade e sinceridade, projetar-lhe à responsabilidade e compromisso de arquietectar o Ser, inda que os nonsenses confiram a continuidade do tempo que não dá sentido a nada, apesar de tudo estar em suas mãos, mãos vazias do nada. Inexplicáveis, ininteligíveis esta linguagem e destilo de expressão, deixarem eles a virem barcos perdidos na imensidão do mar, ansiedade de encontro com o que inspire as quimeras no porto das esperanças, no pier do eterno.
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Destino? Pensá-lo, refleti-lo, senti-lo ultrapassa as razões que o circundam, a sensibilidade que nele reside. Deixá-lo à mercê das entregas, pôr a vida em seus braços que acolhem no íntimo os devaneios, é sine qua non para o prosseguimento do estar-no-mundo, incertezas,, inseguranças, medos e náuseas dos princípios, dogmas, preceitos. Destilar as bordas das angústias, destinar desejos, vontades se fazem necessários. DESTINAR É PRECISO, mesmo que sendo sendo ilusões e fantasias do eterno. Depois da vida, nada há, o que funda a vida são os devaneios.
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Verborreia? Falácia? Sentimentos de fuga, escapadela de existir nada ser, significar, uma atitude escusa e arbitrária de ser melhor não ter nascido, por que a vida e não o vazio? Mas não seria o vazio a dimensão que liberta a alma, dá-lhe quesitos e requisitos para as introspecções e circunspecções? A leveza ininteligível dos passos, traços. Vagabundo, peregrino, andarilho. O caráter e essência de deambular, perambular, fazer caminhada na orla e bordas do tempo.
#RIO DE JANEIRO(RJ), 14 DE AGOSTO DE 2020, 17:57 p.m.#

 

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