#DA MACUNAÍMA SIN-ESTESIA DO FEIO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO ***

 

Epígrafe:

"Entalham-se, desde outrora, no intercurso existencial, objetivos, expectativas e sentimentos a serem osmoseados na temporalidade, numa sintetização contínua." (Graça Fontis)

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Roda-viva das quimeras

De alegria e felicidade,

Sorrelfas de contentamento,

Paz,

Alma eivada de esperanças e fé,

Excitando-se com os dedos

De novas aventuras,

Com os toques de inéditos prazeres,

De outros cliques,

Palavras,

Com os verbos sussurrados,

Murmurados

Cochichados

Nos ínterins das sensações

E sentimentos,

Abrindo outras veredas

Para as travessias da nonada

Ao mágico e perfeito

Ao místico e absoluto

Ao mítico e perpétuo

Ser da Felicidade, Amor,

Perambulando,

Dando a meia-volta nos sentimentos,

Emoções,

Negando a razão e o intelecto

Que se vangloriam com

A verdade

Afirmando a subjetividade, sensualidade,

Sexualidade,

O espírito,

O instinto,

Que desejam o encontro

Do “EU”,

Do "VERBO"

Do "SER".

***

In-consciência das verdades

Iluminando as sendas de flores silvestres

esquecidas,

querências deixadas para trás,

ao léu, revelia de trás-os-montes,

imagens de mimeses e do belo

estético,

da macunaíma sin-estesia do feio

assim sentida, vivenciada

nos interstícios dos desejos,

vontades,

outras conversões do amor,

amizade,

outros amores e prazeres,

transcendendo as perspectivas

da imagem,

onde o sol nasce,

onde a aurora se resplende

de magia e mistério,

onde o inverno é só paixão,

o amor é como a aurora

da solidão.

Trazendo a carícia

Do silêncio sublime,

onde o crepúsculo se eleva

de sonho e utopias

da verdade do “SER”,

do ser da “VERDADE”,

onde a alma eivada de suas esperanças,

fé,

empreende a longa jornada em

busca da plen-itude do AMOR,

AMIZADE,

Onde as folhas do outono

caem,

Para a-nunciarem o inverno

Está chegando.

***

Ad-versidades... Diferenças... Perspectivas di-versas...

Sentimentos, emoções, sensibilidade, percepção, intuição, inspiração trazidos à mente, re-versando a razão, o intelecto, o pensamento, na querência do verbo que sensibilize desejos, vontades, volos da palavra que pres-ent-ifiquem sonhos e esperanças, a-nuncie as pre-fundas da alma, re-pres-ente as carências, forclusions, faltas, falhas, mostre íntimas as imperfeições, limites, trans-literalize a memória, inter-textualize a in-consciência.

***

Plen-itudes estéticas do sublime versando na luz o brilho

Linear de pers estrelares pectivando o além de estilísticas

Ex-tases trans-cendentais da sensibilidade verbalizando

Volúpias in-fin-itivas da liberdade à luz da transparência

Dos mistérios, in-auditos

Númenes lunares sob as égides semânticas de sonhos templares

Interstícios subjetivos de sentimentos trans-versais versejando

Teogonias de in-fin-itivos in-finitos de ventos uni-versais da verdade

Teodicéias de uni-vers-itivas uni-versais de tempos con-tingenciais de in-verdades,

Una-versas, as volúpias, compostas da poesia mística e mítica

Da etern-idade para além do bem e do mal, prelúdio

Edênico de silvestres veredas

Sibilando no espírito de verbos espirituais a vida do ser-de pureza.

***

Palavras murmuram, à luz do silêncio, serenas emoções - desejos, volúpias, êxtases, vontades, clímaces, gozos -, pervagam de confins ao além, viagem longa, con-templando o alvorecer que ilumina na floresta as sendas e veredas, aclives e declives do campo circundado de montanhas, bússolas de encontro da alma e do espírito, ritmando de notas a magia do amor e ternura, entrelaçados de esperança e fé na peren-itude, itudes de melancolias, nostalgias, barco que desliza na água trans-lúcida do mar azul de carícias, a caminho da longínqua síntese efêmera-absoluta do verbo-tempo-verso.

***

Palavras cochicham ao léu dos uni-versos musicalizados de felicidade e alegria - Graças a la vida -, entre suspiros inter-ditos e ditos da espiritualidade que recita o eterno de cintilâncias, entre exclamações verbais, declamadas com a fosforescência das ilusões, fantasias, quimeras e sorrelfas da alegria e contentamento, cores do arco-íris vivificando o tapete silvestre de amores-em-amores compondo de cores vivas, trans-lúdicas o soneto de genesis sons in-audíveis, o espírito ouve e versifica em voz re-colhida nos pingos de chuva orvalhando a solidão, em absoluto silêncio, con-templ-orando os primeiros raios de sol a numinarem a magia do ser que exala de essências o belo, o amor que resplandece, passo a passo, no tempo versado.

#RIO DE JANEIRO(RJ), 08 DE AGOSTO DE 2020, 15:16 p.m.#

 

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