PERSPECTIVAS CÔNCAVAS E CONVEXAS GRAÇA FONTIS: PINTURA Quinzinho de Parafusos a Menos: SÁTIRA @@@



Pedra angular...
Perquiridor me litteriso,
Indagador me literalizo,
Questionador me intertextualizo,
Polêmico me ipsiso de ironias e impiedades,
Filósofo me idealizo e verto lágrimas
Reversas às etiquetas do senso,
Vaig veure com la porqueria
S´amuntegava,
S´anava acumulant.
Nada me projecto além do inferno,
Nada me lanço no abismo,
De lá retornando vazio de profundidade,
Nada me jogo no precipício dos jogos da mente,
Jogador compulsivo, desequilibro a cachola,
A covid me alcançou sem isto haver acontecido,
O medo é tão ininteligível
Que não resta alternativa senão criá-lo,
Para afastá-lo.
Nada me sou: é o que é!
Cúpulas de prata sob pilares de ouro,
Salmos subindo rios, descendo pirambeiras de cânticos,
Pássaros voando pelo céu;
Longínquos pensamentos à mercê de
Ritmos da solidão à melodia do silêncio,
Amor,
Carinho,
Afeição,
Ternura,
Música da náusea e urticária
Atrás do espelho da alma,
Remorsos, culpas,
Ensimesmou-se a imagem do póstumo
Nas perspectivas convexas, côncavas da solidão,
Hesitâncias do advir
Medos ininteligíveis do há-de acontecer,
Aliso a barba branca, visualizo a velhice,
Passo a passo, lembranças, memórias,
O passado vira das páginas escritas de contingências,
Vira como Brás Cubas vira em sua sepultura
Quando lhe chegam aos ouvidos as lamúrias da perda
Do ente querido nas mãos da impiedosa morte,
O teatro moderno atingiria o ápice da glória
Com a cena de tantas hipocrisias, mediocridades,
Vira por as experiências haverem
Mostrado outras línguas de visão do mundo e das coisas,
Entregas, doações,
Instantes de prazer, felicidade,
As palavras são difíceis de encontrá-las,
Aquando são chamadas para assuntos
Da vida corriqueira no recanto das relações,
O presente lê nas linhas das atitudes,
Na continuidade das coisas,
Desolação, ato falho do amor,
Manque-d´être da verdade, caminho entre sombras inesgotáveis,
Recorrer l´esfera terrestre, ossos gastasts.
Pervago entre trevas
Às náuseas da velhice,
As glórias de cumprimentar efusivo a coragem
De ousar na busca da vida.
Que diferença há
Entre o vazio de hoje,
E o nada da velhice?
Entre a nadice de hoje,
E a nadice do eterno?
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Pedra de toque...
No ínterim das coisas e silêncio,
As trilhas de angústia, tristezas,
A vida revelou-se de conquistas,
Fins a uma llum
Que no s´apaga mai.
O verbo do não-ser efemerizou o
Verso da posteridade.
Nada sou.
Desejei o nada de ser,
Serviu-me além da etiqueta da solidariedade,
Quis o não-ser da alma,
Como dádiva do destino recebi o terço
De contas dos pecados contra a liberdade,
Sonhei o vedas de vazios,
O mantra do nó de nadas,
O sudário dos ases de nadicas
Que eivam as risadas de nonsenses
Inda mais contundentes da estupidez primária,
Els plans frustats
I les loteris no els porten enlloc,
Cinismo à lá Brás Cubas,
O krishna da solidão, mergulhei profundo no vinho
Do cálice da liberdade sem Genesis, sem amnistias,
Princípios, dogmas
Sem essência, sem eidos, sem núcleo,
A pura liberdade sem pureza.
RIO DE JANEIRO(RJ), 05 DE MARÇO DE 2021, 09:46 a.m.

 

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