Manoel Ferreira Neto ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO POEMISA REPOSTA À ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE GRAÇA FONTIS



POST-SCRIPTUM:
Resumindo a história deste Poema Palavras Pequenas e Amiúdes dos Sonos e Devaneios Desvairados. Após a publicação, você, meu amor querido, apaixonou-se por ele, prometendo um comentário. Dias passaram-se. Pediu-me que sugerisse um músico para ela ouvir naquela manhã, sugeri Patti Smith. Ouvindo-a, sentou-se na mesa de seu ateliê, experiência inédita escrever, ouvindo música, e fora a cantora a inspirar-lhe na composição de sua análise de meu poema. Agora mesmo, pediu-me novamente que pedisse a ALEXA para executar as músicas, “sem ela, não teria eu escrito o poema crítico de sua obra, embora nada entenda de Inglês, só sob o som da música.” Isto, de modo algum denigre a sua imagem, nada entender de Inglês, ao contrário, adquire mais valor por não haver interferência da lírica das músicas, o que acontece comigo que entendo, falo e escrevo em Inglês. A sua análise e interpretação precedem a isto.
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Então, pensei comigo que também iria escrever a resposta à sua crítica poética, ouvindo Patti Smith. Eis a minha resposta ao que se refere nos versos “Você foi, foi, foi,
No mais longínquo dos inusitados
Sem observação às reveses
Às rés que o tempo propaga
Deixou-se levar às ondas calóricas
E as ardências dos sentidos, desejos.”
Beijos no coração, meu Amor querido!
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ANÁLISE INTERPRETAÇÃO DE GRAÇA FONTIS AO POEMA PALAVRAS PEQUENAS E AMIÚDES DO SONO E DEVANEIO DESVAIRADOS
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POST-SCRIPTUM:
Resumindo a história deste poema... Publiquei-o e você, meu Amor querido, apaixonou-se por ele, prometendo fazer um comentário. Dias passaram-se. Pela manhã, pediu-me que sugerisse um músico para ela ouvir no ALEXA, dizendo eu ser Patti Smith. Apaixonou-se por ela, sentou-se na mesa de seus afazeres artísticos e, ouvindo músicas desta cantora, produziu esta análise e interpretação de meu poema.
Agora mesmo, pediu-me que colocasse Patti Smith, dizendo: “Não fosse ela, não teria escrito o que escrevi. Inspirei-me nela, embora eu nada entenda de Inglês, só a música em si.”
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Então, escrevi este poema em resposta à análise e interpretação que elaborara. Não se esqueça desta experiência, e escreva outras obras, ouvindo Patti Smith, chegará o instante em que qualquer músico lhe dará inspirações além do que possa imaginar e fantasiar.
Beijos no coração, meu Amor querido!...
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PATAMAR PÁLIDO DO CREPÚSCULO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA
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Coração de êxtases e belezas dos verbos,
Aroma de liberdade, perfume de amor e solidariedade,
Rugidos de ilusões esticando a audição
A espaços outros do tempo a ser,
Dos segundos, minutos, horas do ser e o nada,
Dos dias, meses, décadas, séculos e milênios
Das decisões e conseqüências,
Vazios e silêncios,
Frêmitos de fantasias amplificando as
Vertentes do vir-a-ser de existir,
Sob as pers dos tempos dos temas temporais e intemporais,
Sob as pectivas do oceano de ondas leves
Das temáticas a-temáticas de intenções
De fecundar as orlas,
O ser outro à luz da verdade do espírito.
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Travessia da con-tingência à trans-cendência
Do olvidado ao que será inesquecível
Das pers do outro que em mim per-cursa, in-cursa, de-cursa,
Da pectiva do convexo re-fletida no tempo do olhar,
Da língua que a converte em luz, ondas sonoras,
Folgando as palavras, sentidos de existirem
Sem ritmo no de-florar dos campos virgens
De mistérios, enigmas, sigilos do tempo e ser,
Os prazeres do constituído, intermediado por Volos do pensar-sentir inédita visão de ser
E estar no mundo, gozo dos sêmens
Que febundam existirem as origens e a luz.
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No nítido patamar pálido do crepúsculo,
No cristalino pico da radiante aurora,
Os pensamentos voltados às compreensões e entendimentos
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Dos sofrimentos e dores da alma, do olhar à distância,
empreender a viagem desde que possa ver a Vida,
des-lumbrar os mitos da gênese e do mundo.
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Pérfidas alusões flácidas a cercarem de
Ambíguos, dúbios
Equívocos de culpas e responsabilidades,
Não reverberam quaisquer inépcias, inércias
Nas trans-corridas sendas do há-de ser
Não corroboram des-valores, des-virtudes,
Quem não se torna responsável pelo destino?
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Nada há, sei lá se há algo a ser sabido, conhecido, se assim não fosse, o que seria, se assim fosse, o que não seria? Nas palavras, na vertente espiritual de ser o que sou perante a vida, este milésimo de segundo que dedico e homenageio, tributo a travessia da contingência à trans-cendência do que foi olvidado ao que será inesquecível. Exijo aroma de liberdade, requeiro perfume de amor e solidariedade, compaixão e entendimento – de quem exijo? Exigir? Por que não? Não vou tecer an-álise percuciente das pré-fundas e profund-idades, pró-fundezas do que movimenta as idéias e os sentimentos, as imagens e perspectivas da memória, ângulos e bordas das re-cordações, lembranças, para dizer de mim próprio, das mesmidades ao longo dos séculos e milênios e projetos do eu, no pré-{s}-ente, passado e futuro, das pectivas das pers do outro que em mim per-cursa, in-cursa, de-cursa, imploro não re-viver mais o pó de um vulto, a cinza de um fantasma, a poeira de uma pers do espelho olhado de esguelha, de uma pectiva do convexo re-fletida no tempo do olhar, de um ponto de vista côncavo des-linguado no riste da fala que desbrava a corrida tresloucada sob a querença do saber e sabedoria, suplico a quebra dessa almusa não possuída e só.
RIO DE JANEIRO(RJ), 13 DE MARÇO DE 2021, 10:52 a.m.
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ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO POEMA
Deste texto "Palavras Pequenas E Amiúdes Do Sono E Devaneios Desvairados", ousei e concluí... Poemei.
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Você lançou-se no destino
Não pensaste na causa,
Coisas, seus sonhos, o devir
Você foi, foi, foi,
No mais longínquo dos inusitados
Sem observação às reveses
Às rés que o tempo propaga
Deixou-se levar às ondas calóricas
E as ardências dos sentidos, desejos.
Hô, hô..., à procura de sinais?
Da latente volúpia do conhecimento
Para a felicidade mais robustecida
Que não descure a grandeza dessa viagem
Conjugada a grande observação
E sensorisada a esse cenário
Mundo único surperpondo
O onírico ao agreste
Entre suínos e caprinos,
E seus atributos lavrados
Neste camafeu cipreste
Como um apolíneo,
E, suas acuidades impermeabilizadas,
Para esse, o portão do mundo não se fecha
Tão pouco as portas do tempo
Às eternas recorrências
Que seus olhos e mente
Cansados possam suportar
D'entre tédio, flores, caos
E o mais refinado do entendimento,
Como um alquimista
Prevalecendo-se dos equívocos
Do fatal inquisidor destino
Tão sisudo na precisão
Tão roto em significados...
Tão indiferente, confunde...
Contudo, entre eu e você, oscila metodicamente,
Como pêndulo do conhecer,
Perceber e entender
O que nossos olhos contemplam
Na franja dos acontecimentos,
De acesso integram-se
E rangem,
Em único suspiro escorrem na exaustão,
Arrancam as cortinas da noite
Para passagem ao espírito,
Este, sonha passado,
Presente, futuro
Ou... quase nada, incompleto,
Apenas um companheiro dissimulador
Dessa nossa vida indeterminada
Em que o caminho traçado
Finaliza-se naquele ponto de interrogação
Sob sonoros acordes nada afinados
E sobre as coisas secretas
Que hoje se evidenciam,
Que são suas, só suas... penso...!
*
Este seu texto, meu querido, escandalosamente atraente e rico em palavras que se entendem, se completam e mutuamente se explicam, me fez o convite e aceitei, acompanhei o sujeito que desenhou a própria imagem no espelho como se fosse uma simples quimera, espero que esteja certa e goste! Beijinhos....
Graça Fontis
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#PALAVRAS PEQUENAS E AMIÚDES DO SONO E DEVANEIOS DESVAIRADOS #
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA
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Sono...
Penso a desolação insustentável dos ideais
Não verbalizados e concretizados
Que me elevam ao Purgatório e Inferno
Dos conceitos outrora artificiei-lhes para a glória
Do reconhecimento, para o orgulho probo da aceitação
E consentimento de meu destino,
O que desejava eram as idéias e pensamentos
Serem perquirições do destino que eu próprio
Não tinha dons e talentos para tornar verdades
- mea culpa,
não fosse imiscuir-me no que não me dizia respeito,
dormitar, mesmo que por átimo de tempo,
quiçá vislumbrasse um meio de ser amnistiado
dos erros e equívocos, enganos,
perdoado dos despautérios,
obtusas paixões, obnubiladas vaidades da estirpe
De ser humano,
Perfeita fantasia da razão e intelecto
Que abre os prismas para a iluminação das dialécticas
Do Sublime e da Verdade adversas às eternitudes
Das arquitecturas do Vazio;
Penso a angústia de atitudes não compreendidas
- sou irritação difícil,
Intenciono estilo de apanhar o sono,
Reverberar com percuciência estar escrito nos papiros
Do estar-no-mundo;
Penso o vazio de sentimentos,
Manifestado num instante-já
Do saber a carência do sentido das coisas,
Ausência do significado, símbolo, signo
Do nada de existir à mercê da passagem dos efêmeros,
Não entendidas, ininteligíveis,
Busco uma posição de dormir,
Não com o braço de baixo do travesseiro,
Tive já várias dormências,
Necessitando retirá-lo,
Abrir e fechar a mão, até que se desfizessem,
Cabeça sobre,
O outro braço escondendo o rosto,
Amparando-lhe;
Penso o nada de idéias inéditas,
Esqueci-as no passar do tempo,
Na ampulheta do pôquer da mente
Sob as tramóias e trafilhices da perspicácia,
Destreza,
- revela-se agonia
Sem fronteiras, cancelas e cercados
Quero o sono... quero o sono... quero o sono,
Sonhar a travessia
De um lado a outro do abismo
Na ponte levadiça,
Sou uma dor inestimável,
Desejo estilo de fechar os olhos,
Esquecer-me da catarata que abrange ambos,
Da direita, bastante avançada,
Da esquerda, inda no início, mas já considerável;
Penso a melancolia da contingência
No instante da anunciação,
Revelação,
Manifestação do ser,
- sou nota altissonante de violino
Na ópera tragicômica das nadicas
Dos valores inestimáveis do caráter,
Na orquestra sinfônica das nenecas
Dramáticas da proibição e interditos,
Até mesmo das entrelinhas, se colocar em letra capital,
Da psique desvairada de nonsenses e desequilíbrios;
Penso as dores no processo da consciência
Do que é isto existir as picuinhas do medo e da hesitância
Do que efetivamente ilumina os caminhos de trevas
Na fronteira do esquecimento,
Que nominalizam as lembranças no espelho
De adversa imagem a liberdade da face
- sou alegria estonteante
E já estou-me distanciando da vigília,
Delongando as palavras pequenas e amiúdes do devaneio
Conciliadas à língua de princípios hereges
Que expressa ampla visão dos conflitos,
Dramas, traumas,
Amplitude de investigação e avaliação das venturas,
Avariação das des-venturas,
No momento preciso do sono,
Lastimo, nada podendo fazer,
Não me é dado mais
Manuscrever nas estrelas as palavras
Concernentes às dificuldades tantas
De conciliar o sono,
Libertei-me da insônia vivenciada
Por anos a fio,
Restaram-me as perquirições
E desvarios da língua e do sentido
Que artificiam na mostragem das contingências,
Orpheu de braços abertos para me receber,
“Coisas que abrangem
Coração que vibra...”
São as imagens de sonho
Que escreve no papiro da língua em riste
Os suspiros da liberdade,
Papiro dos linces da linguagem e lingüística
Que corroboram perspectivas lúdicas
Do despertar, acordar à metamorfose
Das Cataratas do Iguaçu sob a pupila do olhar
Que re-colhe e a-colhe a imagem da continuidade
Das águas no decurso e percurso dos tempos,
Subjetivada,
Se minha leoa sabedoria dos sofrimentos e dores
Apreendesse a apreciação do instante de sabença
Que servem eles com eficiência a todos os universos e Horizontes a rugirem com ternura, ruminarem com carinho
Para a reflexão e meditação,
Da velha e selvagem sabedoria de deitar no predileto do leito,
Na cama da prioridade de intenções e paixões,
Cobrir com a coberta do silêncio e suas verdades,
Da solidão e suas línguas
Do que torna o homem senhor de si mesmo,
Pastor e ovelha da peregrinação,
Embora represente o si-mesmo por intermédio
De fatal destino sisudo tão roto em significados,
Tão indiferente em significantes que prevalece dos equívocos a ânsia de saberes e sabenças, sabedorias e sapiências
De precipitar nas profundezas bátegas de coragem e disponibilidade de sonhar os bosques bem-aventurados onde habitam e residem os sêmens da consciência que visa o fenecimento de outra consciência para a transição, travessia do amar-sonho do verbo à regência transitiva direta e indireta da solidão centenária, milenar dos valores e virtudes da Liberdade, à gerência estilística do som da Consciência de tantos tempos e agoras que sintetizam os delírios e delíquos, sob os acordes, inda que desafinados, afilando a melodia eterna do Cântico dos Cânticos de por baixo do abismo, dos despautérios da solidão do amor se despenhando em terreno impérvio, como poderia uma torrente não precipitar a palavra nos vales do descanso do existir o quotidiano das coisas e do mundo...
RIO DE JANEIRO(RJ), 06 DE MARÇO DE 2021, 13:19 p.m.

 

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