**TAO SER DA VIDA** - Manoel Ferreira


Eidéticas pers de palavras inscrevendo no silêncio os volos dos desejos de, no In-finito, entupigaitado de verbos, eivados de peripécias dos sentidos, a-nunciação de horizontes e uni-versos outros de estesias dos sonhos da beleza e do belo, as esperanças do eterno se alimentem das seivas divinas, saciando a sede do ab-soluto que per-vaga solitário nas bordas de confins, carente nos frontispícios de arribas, desejando ser revelado no seu eidos de sensíveis dimensões da verdade, do pleno.



Peripécias de verbos
Tao ser da vida
Estratégias de linguísticas e estilo.



Ruminâncias de ouro e riso, peregrinas luzes do ser iluminando de pectivas do que trans-cende as con-tingências do nada, enveredando-se na solidão do tempo, querência de futurais caminhos que re-velem o espírito da alma, em pleno conúbio com as imagens lúdicas que floram simples na própria floração, ser de éresis, iríases, iríadas, pleno de plen-itudes, sublime de sublim-itudes, no horizonte longinquo res-plandece o arco-íris, cores vivas, cintilantes preenchem os vazios do espaço, e sentimentos eivados de a priori eidéticas do silêncio, re-velando os interstícios do ser, glorificam de semânticas e linguísticas as "itudes" fenomenológicas das estéticas que nascem, floram nas suas facticidades, "itudes" da liberdade, éritos do vento que sopra os idílios do in-fin-itivo, cristalina visão da estética da solidão que a-nuncia o outro outro das paisagens silvestres a embelezarem os campos elísios da eternidade que se mostra inda que longínqua, a face en-si-mesmada de preceitos e dogmas que se foram acumulando ao longo das idéias, ideais e ideologias, o nada saltita de êxtase e gozo, quem sabe o prenúncio de suas facticidades serem re-colhidas e a-colhidas, tornando-lhes poiésis que versificam e versejam as pers do sublime encontro com a verdade, abstraindo-se de si as in-verdades, solstícios de pretéritos crepúsculos que en-velavam a visão límpida do vir-a-ser, o que suprassume a con-ting-ência e mostra a face lúdica e trans-versal das essências florais, esplendendo o perfume semântico do verbo tornado poiética das sublim-itudes do ser e tempo, do tempo e vento, do efêmero e in-cognoscível. A fé trans-cende a solidão do ser e o ser trans-cende a solidão da fé. A solidão trans-cende o ser da fé. O efêmero con-ting-encia o nada e o nada trans-eleva o efêmero aos auspícios do In-finito. In-finito de imagens. In-finito de paisagens. In-finito de panoramas.
Orvalho cobrindo os campos de suavidade e ternura, de sonhos e esperanças de, no alvorecer, luzes e raios do sol trans-eleve-o do in-finito in-fin-itivo das eidéticas poiésis do perpétuo, perpétuo que é travessia de nonadas ao tao ser da vida, ao sol numinoso, cujos raios lumiam os mistérios do ser-no-mundo, enigmas e segredos do estar-no-mundo.



Manoel Ferreira Neto
(*RIO DE JANEIRO*, 25 de outubro de 2016)


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