COMENTÁRIO CRÍTICO DA AMIGA SONINHA SON DOS POEM GONÇALVES AO TEXTO //**VAZIO DO NADA**


Maravilhoso!!! Lindo texto, muito esclarecedor e denunciador, mostra o lado bem autêntico do autor, a rebeldia do poeta por natureza e o compromisso essencial com sua essência de poeta!!! Aplausos!!! E a foto amo!Dispensa comentários sempre!!! Bjos



Sonia Son Dos Poem Gonçalves



Sou palavras, sou letras, sou artífice da vida, então meu único compromisso, minha responsabilidade é com a existência que me professo a mim próprio, sempre a minha verdade, in-verdades para o mundo, para os homens, mas com o selo de quem me fiz, compus, inventei, re-inventei, criei, re-criei na jornada. Entrego-me de coração, espírito, alma e corpo às letras. Nada mais me interessa. Holofotes são vazios do nada na carreira de um escritor, vanglórias são lampiões nos caminhos de trevas, fico sempre no meu camarim maquiando o meu ser com os utensílios dos sonhos, das esperanças, diante do espelho das efemer-idades, e quando me dirijo ao picadeiro é para com os risos da platéia sentir-me feliz e satisfeito pois lhes re-presentei caminhos outros de viver a alma dos desejos e vontades da plen-itude existencial e não a eternidade do além, quimeras que só nascem no coração dos vaidosos, dos que se vangloriam, são os membros lídimos, egrégios do Olimpo. Esta é a minha rebeldia: desprezar os tapinhas nas costas, negligenciar as palavras eufóricas dos reconhecimentos, ter urticárias da vida que só reza o poder e o sucesso. Sou escritor, minha vida são as letras, o verbo de meus sonhos e esperanças, e não as coisas vazias que se a-presentam de por baixo das luzes do palco. Sempre, desde tenra infância, quis viver anônimo de vanglórias, vaidades, aplausos eufóricos das pessoas, mas revelando o meu ser de letras, de sonhos, de esperanças, de utopias. Os dons e talentos artísticos só me disseram uma coisa por sempre: "A vida espera de você a verdade de si, e com esta verdade de si irá iluminar outros caminhos do campo". .Tenho sempre buscado sentir, compreender, entender, contemplar este oráculo da Arte, que não é de sabedoria, sim de sensibilidade.



Manoel Ferreira Neto.



**VAZIO DO NADA - II PARTE**



Quiçá seria que o vazio pudesse dizer, pós angústias, tristezas, medos, desilusões, ocasionados pelas con-ting-ências do efêmero, nihilidades do real envolvido com a materialidade da imanência, seu mergulho no abismo outra intenção não seja senão procurar encontrar no nada alguma pectiva do vir-a-ser, alguma pers de quimera para alçar vôo, entregar-se e superar-se, libertando-se dos laços com a memória das situações e circunstâncias dos éritos do tempo, sendo ele apenas emocional e não psicológico, sendo ontológico e não psíquico, mas nada responderia o nada ao vazio, pois sua eidética é vivencial e não vivenciária, nela não habita qualquer fonte de salvação para o vazio, simplesmente se entrega ao efêmero, re-colhendo e a-colhendo dele as experiências adquiridas no estar-sendo no meio das coisas, no meio das ipseidades do ser-com as náuseas, vivências acumuladas no sendo-em-sendo das esperanças e sonhos do eterno, no picadeiro das dialécticas e contradições, dele adquirindo o verbo das possibilidades, expecativas de encontro com o horizonte do vir-a-ser.
Nada de eterno. Nada de etern-itude. Apenas etern-itudes que se pro-jetam no além, poiética da trans-cendência. E no mergulho do vazio no abismo ele intenciona o ente do transcendente com que per-vagar no baldio das contradições e dialéctidas da morte na alma, sonhando com a liberdade do corpo, encontro com a outra vida de prazeres e felicidade, o ser absoluto. O vazio protela éritos, tem-lhes na condição de sabedoria. O nada nada protela, nada posterga, sempre livre para o outro, outros do efêmero, substratos de suas con-ting-ências. O nada é a esperança, é o sonho virgem, a expectativa pura e poética da Verdade, verbo completo de modos para ser conjugado nas iríasis dos desejos, vontades, volos da esperança. O nada é a esperança da verdade, no tangente à metáfora do verso poético do sublime que eiva a vida de fantasias e sorrelfas, sob a luz cristalina do vir-a-ser, sob a ribalta da alegria ad-vinda dos pre-núncios e a-núncios das éresis dos echos do inaudito que só a "coruja" sabe com excelência cantar no seu galho da madrugada na esperança do alvorecer, o outro outro da vida que eiva o "nada" com dimensões sensíveis da sublim-idade que esplende suas miríades do uni-verso ao "nous" das querências, desejâncias do Amor pleno de absolutos do Ser. A vocação divinária do Ser-Espírito do Verbo.
Vazio do Nada. Liberdade de suprassumi-lo com a poiésis pética do amor plenamente entrege ao Efêmero, continuidade de Verbos e Modos do "Ser".



Manoel Ferreira Neto
(11 de outubro de 2016)


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