**À SOMBRA DA PALMEIRA** - Manoel Ferreira


Peripécia de verbos
Insinuações de utopias re-colhendo, a-colhendo
Da inspiração livre e leve, sêmens do há-de ser
Da intuição frágil e efêmera, as semen-itudes do tempo
Da percepção volúvel, as a-nunciações do vento
Que movimenta as folhas da palmeira que sombreia
A varanda, ilusões nascem, re-nascem, floram
Na imensidão dos ideais do amor nos interstícios,
Ao ritmo do vai-e-vem da rede,
Re-cônditos, âmagos da poesia estilística e estética,
Amor estético de poesia do eterno sonho da espiritualidade
Estesia amante da etern-idade que exala o perfume suave
Das volições da sabedoria que habita o eidos do ser,
Dos sentimentos que aspiram, idealizam a perfeição
Tramóias de sorrelfas mescladas às quimeras do sublime
Volitam a dialética dialética da dialética do belo e uni-versal
À soleira do absoluto envelado de in-verdades
Poesia de estesias e sin-estesias in-fin-itivando paisagens,
Panoramas dos vales do silêncio e da solidão,
Colinas das emoções extasiadas com o silvestre das esperanças...



Peripécia de verbos
Tao ser da vida
Ritmo, melodia, musicalidade, acordes
No interior das dimensões sensíveis
Onde reinam, imperam os sons puros da solidão
Das fantasias,
Das quimeras,
Da imaginação fértil que cria a poiésis do sonho
Em sin-tonia, sin-cronia, harmonia com as travessias
Do instante-limite à liberdade de outras arribas do pleno
Ornamentadas de temas e temáticas do verso-uno,
Dialética da Iluminação,
Dialética da Numinação,
Dialética da Àguia que voa livre aos confins do eterno
Onde pousará serena e vislumbrará o pampa do In-finito
Ovelhas de velos suaves e ternos, níveos de pureza, resplendor
Pastam à margem do riacho,
Dialética de volições do eterno e fugaz,
"I wanna know
Have you ever seen the rain"
Chuva que traz em si promessas de outros raios de sol,
Arco-íris de cores vivas e cintilantes pre-nunciando
O alvorecer da terra à soleira do mundo...



Peripécia de verbos...



Manoel Ferreira Neto
(*RIO DE JANEIRO*, 25 de outubro de 2016)


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