COMENTÁRIO CRÍTICO DA AMIGA MARIA FERNANDES ESCRITORA E POETISA A //**O NADA E A ARTE LITERÁRIA - XVIII PARTE**//


"A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras", a verdade existe em si mesma, as palavras traduzem ou não sentimentos que podem estar ou não em consonância com a verdade, logo a verdade está guardada no silêncio das palavras que só por si não são a verdade , mas podem ser a sua expressão! É através das palavras que o ser se eleva ao infinito na verdade que transpõe nos seus trabalhos em poesia ou prosa. Por isso o crítico literário terá sempre de procurar a verdade no silêncio das palavras, silêncio bem audível e visível, consoante o seu autor as rodeou de verdade ou não, mas esta questão é da responsabilidade do autor e não do crítico. Um abraço, meu amigo Manoel Ferreira Neto.



Maria Fernandes.



**O NADA E A ARTE LITERÁRIA - XVIII PARTE**



Abismo. Vazios. Nonadas.
Plen-itude de travessias, in-fin-itivos in-finitos, tempo de re-nascimento, re-fazendas das con-ting-ências, sublim-itudes se re-velando cristalinas, alvorecer do novo, outro outro dos sonhos do belo, da espiritual-idade, vivenciárias e vivenciais veredas para as verdades que se fazem na con-tinuidade dos desejos e volos do eterno, das esperanças e fé no inaudito que mora entre as palavras e o silêncio, que reside entre os mistérios e a solidão, que habita entre os enigmas e vir-a-ser, eidos, essência, núcleo entre o caos e a poiésis, que, nesta instância, é a koinonia do espírito da alma e a alma do espírito que esplende aos ventos as miríades de imagens aos confins para o re-colhimento e a-colhimento das "itudes do vir-a-ser, ao longo das nuanças e dialéticas, na labuta e labor das "dificulidades" abrem as paisagens do in-finito, venezianas das janelas, para o porvir além das divin-itudes das genesis dimensões do verbo de ser que se re-flete e dimensiona-re no espelho dos in-dicativos , viajando nas paisagens futurais à busca das iríases da eternidae, luzes cristalinas e diáfanas que re-numinam as senhas, entradas no abismo das percuciências da poiética do verso e estrofe, sem ritmo e melodia, apenas o silêncio dentro do silêncio, dentro do silêncio, abertura, luz, visão de olhos que con-templam a retina e os linces do verbo "ver", sob as "iríases éritas" do mundo que só esplende os sonhos do "Ser", esplend-ência revelando a moradia da esperança, "A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras...", com excelência diz o escritor, poeta e psicanalista Rubem Alves, sua forma e seu esforço mais imediato.
O silêncio, morada da verdade, como toda imagem de descanso, tranquilidade, associa-se imediatamente à imagem da casa simples.
Silêncio de entre palavras, velando na poiésis de semânticas a verdade do ser, des-velando na poiética de linguísticas os verbos do ser, em cujo tempo a continuidade, o sendo-em-sendo, mostra caminhos in-finitivos do homem que é um ser entre-aberto às perspectivas do in-finito, entre-abertura para a trans-cendência, entre-abertura para o divino, entre-abertura para o eterno, entre-abertura para a perfeição. O ser entre-aberto que o homem é encontra no silêncio entre as palavras o eidos da verdade, a verdade que só o silêncio revela, mostra, manifesta.
É preciso prestar atenção ao que o silêncio diz, atenção livre, deixá-lo perpassar-se em todas as dimensões íntimas da alma, da inconsciência, da memória, o mesmo que viajar con-templando as paisagens do campo, re-colhendo e a-colhendo as imagens, sem qualquer pré-ocupação com os símbolos, signos, metáforas, construindo, elaborando, delineando as perspectivas e ângulos em que a eidética da beleza e do belo se pre-"en"-fica, apres-ent-a. A analítica existencial da pre-sença há-de resguardar uma clarza de princípio sobre sua função ontológica. Por isso, a fim de des-incumbir-se da tarefa preliminar de explicitação do ser da pre-sença, ela deve buscar uma das possibilidade de abertura mais abrangentes e mais originárias dentro da própria pre-sença. O modo de abertura em que a pre-sença é colocada diante de si mesma deve ser tal que, nele, a pre-sença se faça, de certo modo, acessível da maneira mais simples. Com o que nela se abre deve vir à luz, de forma elementar, a totalidade estrutural do ser que se procura. É sendo pre-sença que o silêncio diz. É habitando no silêncio que a verdade se diz.
No silêncio de entre as palavras, a semântica dos verbos são luzes, são raios de sol que incidem no espaço poiético re-versando, re-versificando o inter-dito, o que é inaudito, o que é misério, o que trans-cende as con-ting-ências do nada, aliás o nada e a arte literária, digamos noutra linguagem, é o "gancho" para a visualização da a-nunciação da poiésis da busca do ser e a poiética que se pres-ent-ifica na fé, esperança, nos sonhos de encontro com a leveza do "ser".
A linguística da po-ética do estilo verbal, estilística de modos, temas, temáticas, inicial-izando os futurais do ser, alumia os versos e estrofes, sonetos, poesia livre do con-templar o vir-a-ser à luz do desejar e querer, desejar e querer as iluminâncias da luminosidade do genesis entreaberto aos cânticos do sublime, que musicaliza, melodiza, ritmiza as primev-itudes da criação..



Manoel Ferreira Neto.


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