COMENTA Sonia Son Dos Poem Gonçalves, ESCRITORA E POETISA, O TEXTO /**O TEMPO E O VENTO**/


E se me vir rindo, sorrindo de orelha a orelha, quando ouço se ventar a chuva é levada para outro lugar, sine qua non perceber e entender o projeto da chuva era cair noutro solo, o vento estendeu suas mãos para isto realizar com perfeição, ele é o verbo que esplende o tempo em suas dimensões, assim o desejo da tranquilidade, serenidade que a chuva leta, a leveza do espírito, a intimidade do amor realizada com mais carinho, ternura, afeto, afeição, após o sono dos anjos, é lançado a outro lugar, a outro sítio, a outro alhures, onde o real da vida é o presente do imperfeito. No outro lugar, para onde a chuva fora levada, por haver ventado, o finissímo dos pingos
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Judiou, hein, Manu... Delírios de vento ilustríssimo, inusitada mente que floresce a cada abertura do Sol, privilegiada mente que se inspira aos ventos mundanos...Seu texto possui um teor exemplar de rimas e palavras eruditas, que até por serem desconhecidas do usual são mais primorosas, elegantes e de boa safra; todo teu verbo em palavras lindas faladas, suspiradas, sussurradas, não importa, versadas nessa prosa poética com primazia. Basta-se ver que no inicio desse trecho que escolhi, "E se me ver rindo, sorrindo de orelha a orelha.......(Final) No outro lugar para onde a chuva fora levada , por haver ventado, os finíssimos dos pingos...Casou tão perfeito com rindo e sorrindo...sincronia esplendida mais que perfeição essa prosa...Parabéns!... Beijosss



Sonia Son Dos Poem Gonçalves



**O TEMPO E O VENTO**



E se me ouvir con-versando no vento, precisa compreender temos de aprender-lhe as sabedorias adquiridas no tempo, na sua jornada do espaço. São sábias experiências para o entendimento dos horizontes longínquos onde habita o que trans-cende sonhos e fantasias.
Se me presenciar contestando dizerem as linhas das páginas de livros aceitam tudo, mister saber não levam elas palavras, mas os mais abissais desejos, mais abismáticas querências do belo e verdade, mais percucientes desejâncias da plen-itude do verbo, eivar-se dele para se inspirar, quando o efêmero se torna nada, e prosseguir a viagem da vida que são sempre buscas no aqui-e-agora, amanhã, se em verdade existe, serão meras sorrelfas de um instante-limite.
E se me vir re-fletindo sobre o vento levar as coisas do presente e pret-érito para bem distante do que pode ser visto, sentido, idealizado, intuído, até um favor faz, pois as coisas no seu alforje não serviriam para nada na vida, seriam estorvos para a continuidade dos idílios da perfeição e absoluto, é que conforme o que penso e sinto, não é o vento que distancia tudo isto de mim, sim eu próprio quem não tenho cor-agem de con-sentir com as minhas fugas das vacuidades da con-tingência.
E se me vir rindo, sorrindo de orelha a orelha, quando ouço se ventar a chuva é levada para outro lugar, sine qua non perceber e entender o projeto da chuva era cair noutro solo, o vento estendeu suas mãos para isto realizar com perfeição, ele é o verbo que esplende o tempo em suas dimensões, assim o desejo da tranquilidade, serenidade que a chuva leta, a leveza do espírito, a intimidade do amor realizada com mais carinho, ternura, afeto, afeição, após o sono dos anjos, é lançado a outro lugar, a outro sítio, a outro alhures, onde o real da vida é o presente do imperfeito. No outro lugar, para onde a chuva fora levada, por haver ventado, o finissímo dos pingos constantes por segundos e minutos regou a vida de outras sensibilidades e espiritualidades da semântica de estar-no-mundo, efêmero em busca da etern-idade do nada, perpetuidade do vazio, peren-itude das ipseidades.
E se ad-mitir, permitir que a resposta ao questionamento, sempre presente dentro dos alforjes e algibeiras, quando o verbo do ser e o ser do verbo, em síntese, irão iluminar a alma para suprassumir o destino da mente habitar em seus eidos, ser o vento estar levando para os longínquos uni-versos distantes horizontes, e, lá, se alimentarão da fé do nada tecendo o vir-a-ser do perpétuo re-vestido de silêncios e solidão, síntese que re-vela o sublime do ser-no-mundo, sublime que eiva e seiva a luz da verdade à mercê da sede de conhecimento, fome de saber, carência de idéias e pensamentos, manque-d´être do espírito e sonho de divin-ização, falta de visão do além da vida à vida que consuma os tempos, o tempo sempre letras e imperfeições para o Opúsculo do Soneto de Viver.



Manoel Ferreira Neto.
(07 de outubro de 2016)


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