**NO SILÊNCIO CLAUSTRAL DE PÁGINAS LÍMPIDAS** - Manoel Ferreira


Metafísica de nonadas, estesias de pontes partidas
Regências de utopias, exegeses de travessias
Correm pondências no silvestre das veredas
Paráclitas imagens fluem livres no imaginário
Das coisas da alma tangentes de verbalizações,
Das coisas da memória co-tangenciadas de volos e gozos
Do seno das coisas do in-consciente carentes de simulações
Pretéritas, dissimulações do subjuntivo espelhadas no vazio,
Preendendo os jogos da mente com as sorrelfas do tempo
Figuras vivas e belas
E o in-finitivo das metáforas das quimeras, ilusões,
Como uma esponja,
Apagando todas elas.
Palavras nas linhas retas de páginas límpidas!
Mistério fundo
Que quase não se pre-{s}-sente
No silêncio claustral
Volta por cima dos horizontes reluzindo e brilhando,
Pondenciando na corrida des-enfreada por sentidos
Que antecedem, pre-cedem as lâminas de águas
Jorradas de fontes míticas, místicas, ritualísticas
Medo
Essencial
Terrível
Profundo
Abissal
De ocorrências de seres ignorados
De fatos pressentidos ou suspeitados...
Viajando no tempo
Tempo de viradas, tempo de inéditas constelações do
Ser versando as a-nunciações do particípio
Que prefigura e performa as declinações do sonho e esperança
Do não-ser re-versando as re-velações in-auditas do eterno
Que preteriza e in-fin-itiva crepúsculos e ocasos
Sons de acalentar segredos
E idealizar esperas
Tempo de perscrutar no silêncio as vaidades sonoras
Que musicalizam a liberdade no seio das questões do belo, beleza
Alguma coisa trans-eleva a inspiração
Não sei, não sei
Alguma coisa trans-cende a percepção das noctívagas lembranças,
Re-cordações
Não sei, não sei
E fico piripilando sentimentos, emoções, sensações,
Vagalumeando fantasias, quimeras...



Manoel Ferreira Neto
(*Rio de Janeiro*, 13 de outubro de 2016)


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