**JOGOS DA MENTE II** - Manoel Ferreira


Post-Scriptum:



Dedicamos, Graça Fontis (Peça de Pintura ornamentando o poema, vice-versa), Manoel Ferreira Neto(Poema), À ACADEMIA MUNDIAL DE CULTURA E LITERATURA, PRESIDENTE: DJALMA PINHEIRO E EXCELENTÍSSIMOS CONFRADES, agradecendo cordialmente o convite de participação como Confrades. Nossos cumprimentos.



Nonada de perspectivas seduzindo
Pensamentos, idéias, utopias
Raios de sol do amanhecer reluzem
Nas adjacências do in-finito
Lembranças in-conscientes ascendem
Versos ideais da beleza do belo
Travessia
Do além ao in-finito gotículas de imaginação
Fértil pingam nas folhas primaveris
Da poética do espaço à contingência da terra
O orvalho ensimesma o inter-dito das quimeras
Convergências
Náuseas do nada, sabores do sublime
Ambíguas imagens re-fletem
No espelho do tempo a contra-luz
Seduzida de silêncios do verbo
Conúbio de Ausências e êxtase
Amar é plen-ificar
Re-versas e inversas
Anunciações
Anúncios do verso e uno
Ângulos revelam paisagens
Alhures confins e in-fin-itivos comungam-se
A mente perscruta o ser.



Travessias
Di-vergentes di-vergências silenciando
Àgonias pretéritas trans-elevando volúpias
Da verdade às sin-cronias
Da in-verdade às sintonias
Das mentiras às harmonias
De sonhos, esperanças,
Estivesse você aqui, amaria,
Meditando, pensando,
Refletindo, imaginando,
Criando, re-criando
No vai-e-vem, nos jogos da mente,
Há alguém aqui?
Posso o sibilo do vento,
Posso ouvir os sons do uni-verso,
Posso sentir a maresia do mar,
Posso con-templar a lua, o sol, as estrelas
Posso ver a criança destrajada que atravessa a rua,
Posso amar a amada com ternura, carinho,
Posso re-criar, criar, inventar.
Há alguém aqui?
Pensando, cogitando, imaginando
Jogos da mente.



Pontes partidas
Enganado, tripudiado com a cor da chita
Quiçá o alvorecer inspire
Outras luzes a brilharem,
Liberdade de ser-me, viver de quem sou
Mãos grandes explorando estratégias,
Perspectivas,
Grito do amor perdido
Do presente do vento
Fervilha a inspiração, ardem as volúpias
Há alguém aqui?
Silêncios, sons e palavras,
Solidão, o orvalho toca as folhas da árvore,
Pensando, imaginando, elucubrando, sentindo
"O sonho acabou"
Jogos da mente,
Olhos vislumbrando finíssima neblina
Ao redor da lampada que ilumina a rua deserta
Respiração livre, compassadas as batidas do coração
Idéias sarapalhadas de emoções, sentimentos
Subjetivas visões do mundo, da terra,
Situações, circunstâncias
Nas vivências, experiências
Alegrias breves emolduradas na passagem do tempo
A Estrela Polar esplende míriades de cintilâncias,
Solidão, eu e eu?
O silêncio de mim resgata anunciações primevas
Olhos fechados,
Sensações do infinito imagen-iliteralizadas
Condor voa livre no uni-verso rumo ao horizonte longínguo
Outro lado da lua
Outra luz na contra-luz do pretérito imperfeito



Jogos da mente...



Manoel Ferreira Neto.
(Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2016)


Comentários