*PROSA ESTÉTICA DAS PECTIVAS DE LIBERDADE** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: PROSA




Pers de liberdade solsticiadas de neblina, lembranças, re-cordações nubladas de sentimentos e emoções esplendidos ao tempo a fora querências trans-elevadas ao ser das travessias, desejâncias trans-projetadas ao verbo in-finitivo das passagens da sombra do sol posto ao silêncio dormindo a sono solto, à música da vida orquestrando de ritmos suaves e divinos a melodia serena de sentimentos que brotam em reboada, a estrela tem luz própria, a estrada tem trilhas peculiares, singulares, a vida é só um instante, é só um momento, voar ouvindo a melodia do vento... a melodia do violino fala a minha linguagem de volúpias e ex-tases des-afinados, contrariando todas as semânticas e linguísticas, trans-mitindo palavras, sentires além desejos sensoriais do espiritual, além clímax sensacional dos sonhos do amor, além elo do ser perfeito.


Pers de liberdade pectivadas de olhar o copo de cocktail de abacate pelas manhãs de neblina cobrindo a natureza de serração e sonhar introspectivo, circunspecto dentro do copo transparente. Basta-me um instante de harmonia e de novo capto, ouço, escuto a estética do inverno ao vento do pico numa longínqua ilha, escuto o sonho impudente das ovelhas e peixe todo vazio, sussurra-me nos ouvidos, e minha tendência às melancolias e nostalgias dos verbos abrindo veredas e várzeas por dentro e o meu coração esvoaçando nos campos de utopias e quimeras, quero no ritmo, melodia da música, e no que escrevo, e no que desenho, quero a balada dos verbos e das metafísicas do não-ser e ser, das líricas e das metáforas quero o som que se cruza no ar com a luz e artificia uma sinfonia do espírito que me preenche as falhas, faltas, onde meu ser se embebe in totum e na flauta se embriaga no denso nada das metafísicas vazias de perfectudes.


Pers de liberdade pectivadas de inverno embevecido de estrelas dançantes onde o In-finito entrelaça sentido ardente à liberdade do presente que ficou volátil, à solta, às águas claras onde a lua nada deliciada na essência do ser, elas são infinitas, no trans-curso do tempo são o oceano cultivando as delicias de serem ondas em direção à praia, movimentos cadenciados da parassíntese em profusão e deleite, a atmosfera oceânica convida ao sonho, ao recolhimento, o luar maravilha com cores de sonho o in-finitivo do além, no outro lado do oceano as flores são mais exuberantes, perfumes extasiantes, coração e inspiração entram em ascese rumo ao cerne do Verbo nos interstícios entre as vozes silenciosas silenciadas de silêncios e os silêncios sussurrados de sussurros bemóis.


Num oceano afrodisíaco de aspirações e inspirações, na jornada de tantas e quantas utopias, estou tomado pelo vento suave, clima ameno que me envolvem, nada vive neste instante-já, o vento sopra, há música no ar, linhas íngremes escafedem-se na página branca de silêncios e palavras, a vida soa-me sendo o murmúrio com ela, o sussurro com as vontades e projectos, neste instante-limite de o milagre inda acontecer, devaneios e desvarios para todas as fantasias da ausência e da presença, para todas as carências de pretéritas magias...


Milagre da magia das regências das desejanças de no retorno das águas do mar pós as ondas regarem a areia da praia o que me habitará da contemplação, do olhar eive os re-cônditos da memória de régias lembranças imperfeitas a serem reflectidas no espelho sem cores das perquirições por detrás da vaga idéia, disperso pensamento, toque sensível e solitário, nada fora das dimensões contingenciais do não-saber e não-sentir, estar circunspecto e introspectivo com o verbo de suas trilhas...


Pers da liberdade de fugirem-me agora as gotículas do verde essenciais nalma rumo às expectativas temporais, projeteis ao espectador dos acontecimentos, sejam-me fuga, descaso e não alienação dos universos das contradições, linha tênue e imaginária, "hora agá" das decisões, sem que haja procrastinação ao inevitável futuro trombando no desconhecido, estímulo às adversidades e desafios na via da contramão dos sonhos e verbos, do protagonista de muitas estórias, idéias e ideais conceituadas no vivenciário do quotidiano dos longos dias de caminhos sinuosos, mas sem entorpecimento e sem reticências as espetaculosidades dulcificadas existentes no mundo redomado e particularmente viável...


Pers de liberdade pectivadas de primaveras subconscientes amando o frescor do silvestre da Verdade, aquele que só à felicidade conduz, sinestesia, monotonia, poesia que verseja a imagem em palavras que despetalam as rimas do amor, os sonetos da liberdade e das dialécticas, estrofes orvalhadas de signos e miragens da alma em incógnita prece de perscrutar o horizonte sublimado, perpetuado à prosa estética in-versa à fantasia que vitaliza o olhar e dá alegria à serenidade melódica do perpétuo.


Pers da liberdade e magia de re-verberar as reticências que revelam a suspensão das carências e completudes da alma, das aspas que enovelam sentidos e metáforas outras reguem as águas das quimeras e concebam a liquidez do verbo a deslizar nas marolas do tempo e das místicas aspirações do sublime, efêmeras sensações feitas gotas a saciarem as sedes das virtudes do aquém, deste instante-já da ausência de saliva no interior da boca, os lábios secos, desejo das glórias do sabor das coisas, a estética das pers de liberdade do pensar-sentir de metáforas do sonho, metafísicas do verbo, do sentir-pensar as metafisicas de conduzir as palavras à ascese de outros ideais e desvarios do nada e vazio a idolatrarem o picadeiro do circo onde risos e sonhos fazem o espetáculo da vontade e do desejo, e vanglorio o louco vento que me traz fiapos de gritos, retalhos de murmúrios, o sentido secreto do mundo e da existência, mister con-sentir o sacrifício da utopia e da verdade, que sempre perpassará o tempo, numa festa de baile onde brilham as quimeras do sublime e das intenções verbalizando as intuições das regências do vazio prenunciando a multiplicidade das dimensões da escritura e pontos de vista das diabruras da inovação, renascimento da solidão.


#RIODEJANEIRO#, 10 DE MAIO DE 2019#

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