**TERCEIRA MARGEM DE ÁGUAS VIRGENS** - Manoel Ferreira


Águas virgens
De mar presente cujas ondas deslizam livres e leves
Nas sendas e veredas, batendo nas docas,
Destino: a terceira margem da praia onde se espalham,
Sarapalham-se,
Regando a areia de húmus líquidos, sementes aquáticas
Gaivotas, águias, condores,
Pássaros outros passeiam tranquilos e serenos
Sonhos,
Esperanças,
Utopias,
Ideais,
Fantasias,
Ilusões,
Quimeras...
Águas virgens
De rio bem distante onde o mar des-embocará
Pleno de lâminas de águas a brilharem sob os raios numinosos
Do sol, terceiro eterno do in-finitivo que esplende a universal-idade
Do belo do Amor que sin-estesia a espiritualidade de divin-itudes,
Da beleza do Ser, linguística semântica do Verbo de Querências,
Semântica son-ética do Tempo de Desejâncias,
Que pa-lavram o silêncio e a solidão sob o toque dos ventos
No auspício da Colina, no olimpo do In-finito
Desejos,
Vontades,
Volos,
Inspirações
Percepções,
Subjetividades...
Aguas virgens
De por baixo de travessias que trans-elevam e trans-cendem
Pontes, pontes partidas, e pre-figuram o além sob o espírito
Da continuidade do tempo em cujas a-nunciações e re-velações
O pretérito perfeito das regências verbais se pres-ent-ificam,
O futuro dos sons temporais, eivados de ritmos e melodias, acordes
Eternizam-se, re-inicializam-se a roda-vida das dialécticas,
As verdades se nutrem, alimentam-se do ad-vir, há-de vir, há-de ser
Hidrogênio,
Fé,
Confiança
Oxigênio
Divin-idade do Amor ao Sonho da Plen-itude do Pleno...



Manoel Ferreira Neto
(17 de julho de 2016)


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