**POIÉSIS DA SENSIBILIDADE** - Manoel Ferreira


Luz
Brilho nos recônditos íntimos do Ser
Numinando os ex-tases de desejos e vontades
Do além que esplende paisagens do eterno sublime,
Do infinito que projeta imagens da humanidade do verbo
Do in-fin-itivo que trans-eleva a face trans-lúcida do puro amor.



Luz
Raios de cores trans-lúdicas re-velando
Nos interstícios da poiésis da sensibilidade
Que sonetiza de sin-estesias e metafísicas da plen-itude
Utopias do sonho do in-trans-itivo tempo de querências
Que perpassa as linguísticas do absoluto e da perfeição.



Luz
Claridade de esperanças do in-audito
Que sibila as dimensões de mistérios míticos e místicos
Que sussurra poesias do sublime no âmago de carências
Da beleza do belo que se pro-jeta no horizonte
De todas as fantasias, quimeras, imaginações do eterno.



Luz
Sensível espírito do que trans-cende o divino
Do que trans-espiritualiza as desejâncias do in-fin-itivo in-finito
Do que trans-essencializa os volos da cáritas da entrega
Do que trans-substancializa a inconsciência dos enigmas
Evangelizando o cântico dos cânticos de thelos e nous.



Luz
Re-criando sendas silvestres com futurais a-nunciações
De acordes do tempo seduzindo os ventos com líricas
Dialéticas do amor e dos sonhos do verbo amar
Re-fazendo veredas campesinas com o ad-vir
De outras paulicéias do pleno eivado de etern-itudes.



Luz
Que poematiza o Ser de versos da Verdade
Que versifica a Alma de estrofes do Absoluto
Que poetiza o Espírito de sonetos livres do Sublime
Que poesializa a Vida de verbos eruditos do Divino...



Manoel Ferreira Neto.
(Rio de Janeiro, 09 de julho de 2016)


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