COMENTÁRIO DE GRAÇA FONTIS, POETISA E ARTISTA-PLÁSTICA(PINTORA) AO POEMA /**BLUES DO MANOLO - JAMS-BLUES IN A**/


Nada melhor a dar margens a criatividade e a inspiração que um belo Blues; cadenciando a verbalização com avidez para que não perca a profundeza introspectiva do olhar sensível deparando-se com a efemeridade do tempo...daí o deslizar sorrateiro e sincronizado esplendem com rigor e perfeição descritiva. ..sonhos e fantasias ao contemplar horizontes irreais...nonadas a advirem e por virem reais além. ..muito além da imaginação. ..onde há uma sintetização plena sublimando a transição infinitiva eternidade. Prbns.sempre Poeta! ...



Graça Fontis



Comentário tão percuciente no que tange ao Blues só mesmo elaborado por uma sensibilidade artística, que ouve o Blues nos recônditos do poema. Blues é o ritmo da "alma", a re-presentação da "alma humana" - nenhum outro ritmo mergulha na alma quanto o Blues, a sua profundeza introspectiva. E nenhum outro ritmo inspira-me tanto quanto o Blues, ouvindo-o penetro de cabeça na alma. E Graça Fontis mergulha profundo na alma Blues, desvelando este poema /**BLUES DO MANOLO - JAMS-BLUES IN A".
Parabéns, Graça Fontis, por seu comentário de excelência. Continue a sua trajetória de comentarista e crítica, colherá muitos frutos.



Manoel Ferreira Neto.



**BLUES DO MANOLO** - JAMS-BLUES IN A



Vero de simil-itudes verbalizando o céu que verte lágrimas,
Regando o solo das estradas de metafísicas com o ad-vir
Das melancolias, nostalgias que eivam os pretéritos futurais
Com o "blues" das quimeras noctívagas, das sorrelfas lunares
Vero de verbal-itudes musicalizando a chuva que cai na terra
Íngreme e seca
De ritmos e melodias
Molhando a grama do vale, eivando-lhe de princípios outros
De blu-éticos acordes do sublime introspectivado de éritos
Que elevam o in-fin-ito aos auspícios das iríasis intrans-itivas
Abismos, sibilos do vazio perpassando o espaço percuciente
Das abissal-itudes, abissal-idades do eterno projetado na
Imagística da paisagem que despetala solene as visões
Fosforescentes do além re-fletido atrás das constelações
Vero de blu-etudes, cujas líricas de saudades do porvir
Esplendem os sonhos e fantasias do perpétuo
À soleira da perfeição pretérita que ins-creve na cripta do tempo
Os mandamentos seculares e milenares das alegrias tristes
Vero de er-itudes de dialéticas e contradições de silêncios blues
Que concebem, originam o instrumental do espírito solitário
Con-templando as cintilâncias das estrelas, romantizando
Os brilhos da lua velando os mistérios místicos do Ser
Vero de in-fin-itudes que dedilham as notas "blues"
Na guitarra solo das nonadas e nadas, sonorizando
Os guetos das contingências com a pálida luz do entardecer
Que joga os idílios às sorrelfas das arribas ornamentadas
De cores do arco-íris que riscam a solidão dos "blues"
Sentados à mesa dos bares auscultando dos horizontes
E uni-versos a inspiração do nada e vazio
Que ante-cedem e pre-cedem o instrumental da beleza do belo
De sentir e con-templ-usicar Lucile se embelezando toda
Para a Noite de Gala repleta de sons,
Espírito do Tempo que é representado com a rouquidão das vozes
Desafinando as erudições clássicas das trans-cendências
Lucile das etern-itudes
Manolo das plen-itudes
Lucile das sublim-itudes
Manolo das eter-itudes
Lucile das son-etudes blues dos pretéritos
Manolo Jams blues in A...



Manoel Ferreira Neto
(27 de julho de 2016)


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