COMENTÁRIO DA AMIGA VIVIANE FERREIRA AO TEXTO //**IMAGEM DO VERBO LONGÍNQUO**//


Linda travessia da coruja que a tudo observa e sente o perfume das flores. 
"Intransitivos questionamentos, taos do ser à busca do orvalho da noite que, sublime, toca as folhas das flores, eivando desde a concepção do broto às pétalas des-abrochando, e o ser eidético da estesia da natureza se presentifica, a vida prossegue de dialéticas em dialéticas os caminhos de luz nas trevas. "
Maravilhoso texto, tão bem escrito e belo!

Viviane Ferreira.
**IMAGEM DO VERBO LONGÍNQUO**
Jardins dos pensamentos - flores exalando perfumes divinos, pétalas de pura beleza des-abrochando, uni-versos e horizontes eivados dos verbos sensíveis da magia, o in-finito esplendendo de paz, serenidade, a roda-viva do mundo em pleno movimento, à luz do alvorecer borboletas em vôos livre, à merce da travessia da noit a coruja em silêncio perscrutando no tempo as esperanças do conhecimento, o ser dos sonhos, o desejo da espiritualidade.
A vida vive, vivendo. Vivendo, vive a vida, vive a vida, vivento, Pensamentos, idéias, utopias. Face a face in-verdades, mentiras, quimeras, à imagem do verbo longínquo re-fletida, esplendendo raios numinosos na poética do espaço, ausências e manque-d´êtres de dimensões eidéticas do vir-a-ser da plen-itude, falhas e faltas de con-tingeências do que trans-cende angústias e náuseas, carências da solidão e silêncio, os ventos sibiliando dispersos sarapalhados por todos os cantos, recantos, sítios da terra.
Intransitivos questionamentos, taos do ser à busca do orvalho da noite que, sublime, toca as folhas das flores, eivando desde a concepção do broto às pétalas des-abrochando, e o ser eidético da estesia da natureza se presentifica, a vida prossegue de dialéticas em dialéticas os caminhos de luz nas trevas. O invero de neblinas gélidas, as neblinas gélidas do in-verno cobrem as visões do longínquo, distante, no olhar no vazio do além, nos recônditos da alma o medo, insegurança, solidão que se vai perpetuando ao longo das estações travessias vivaldianas e urbanas do verbo e tempo, efígies do Monte Castelo, cujos sonhos e fé são o amor e a cáritas da esperança, falando todas as línguas, recitando todos os versos e estrofes, declamando na ribalta das mágias a perfeição da verdade, o soluto-ab do divino, pedras angulares dos sons de poemas que evangelizam os cânticos da primavera a resplandecer de beleza e estesia os rosáceos verbos da harmonia, sin-cronia, sin-tonia com o amor, a genesis primeva dos pretéritos, cosmos eivando o caos das dimensões da continuidade aberta ao tempo das consumações, caos alimentando o cosmos com os grãos do nada e efêmero, sêmen, húmus, sementes do sonho que antecede a esperança, esperança que precede a fé que fecunda, a fé que febunda, a fe que basta para elevar elevar o tabernáculo do evangelho das flores que embelezam, estesiam ao paráclito do vernáculo da felicidade, do divino que habita a alma, em todas as contingências das cinas pretéritas às cinzas da morte, das cinzas da morte, morte da carne aos raios numinosos de outro alvorecer, a Língua Bíblica do Ser, em cujas palavras vivem, concebem o outro, dão a luz à Oriente Estrela da Ribalta no vero-ab do verb-etico de viver, passo a passo, as metáforas dos jardins do inverno, pers-pectivando a Leigão Urana do vir-há de Ser.

Manoel Ferreira Neto


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