COMENTÁRIO DE MINHA AMIGA VIVIANE FERREIRA AO TEXTO //**O ÚLTIMO DISCURSO**//


Lindo discurso!
" Último discurso de um momento que se eterniza naquele momento da alma que busca sombra e descanso num dado momento do etéreo." Discurso bíblico? Da alma que sente profunda liberdade e pode amar simplesmente!
Maravilhosamente belo a evolução da alma no espaço- contininuum do tempo!



Vivíane Manoel Ferreira Neto



**O ÚLTIMO DISCURSO**



Travessia...
Passagem...
Coisas de ontem preterizadas na memória trans-literalizando-se ao longo do tempo, tornando-se ideais do outro, sonhos e esperanças do que trans-cende caminhos por vezes de treva, por vezes de sombra, por vezes de êxtases e volúpias da felicidade, dialética do efêmero. As inspirações do verbo podem ser plen-itudes, se o desejo da verdade nelas habitam, podem ser o nada, residindo no eidos os vazios, vácuos, se a fuga do ser nelas forem o prazer do momento, a saltitância do medo, do "eu".
Coisas de hoje inda plenas utopias do vir-a-ser subjuntivado do eterno, aliás perenes sorrelfas à soleira do amanhã que as tornará pretéritos, e olhando-os de soslaio sentimento e sensação de nonada vida, mentira.
Último discurso de um tempo que termina, princípio de outro que se inicia, olhar projetado aos primeiros raios numinosos, desvelando horizontes e uni-versos para além da montanha respingada de orvalho, alvorecer do ser que trans-cende o verbo, futur-itude do ex-tase que trans-nasce os ventos do tempo.
Ultimo discurso do nada de um tempo entrelaçado de efêmeros e quimeras da luz plena, que cintila de raios o além. Último discurso das nonadas de um tempo engolfado nos pretéritos do in-finitivo, dos in-fin-itivos in-fin-itos das dialéticas, a mente voltada aos projetos do perpétuo que se desliza solene e pomposo no cogito das gnoses filosóficas, não na alma do espírito que a-nuncia a verdade do verbo na continuidade dos volos do espírito. Fuga. Má-fé.
Último discurso do vazio que trilha sendas e veredas no silvestre dos campos à luz que continuamente a-nuncia outros raios e cores do arco-íris do vir-a-ser do porvir aderido às pre-fund-itudes do há-de ser. Só o vazio re-colhe e a-colhe o múltiplo. Vazio sou. Múltiplo a-nuncio às travessias taos do verbo liberdade.
Último discurso. Discurso do nada que negligencia os valores e virtudes da morte que morre o morrer. Discurso da ponte partida que não dá passagem ao outro lado do cristalino da água no sem-margem do rio que segue o seu destino, mas é con-templar a seiva do tempo, alimento do eterno nas bordas e fronteiras do quotidiano dos desejos da liberdade, onde se procura o lugar de emoções diferentes.
Ultimo discurso de quem sente profunda a liberdade e por amar simplesmente.
Último discurso do encontro
Primeiro discurso da continuidade
Que continuamente é o Ser,
Re-nascem outras utopias, outros idílios
Re-fazem outras quimeras, outras fantasias
Re-luzem outras perspectivas do Sonho do Verbo Amar
Último discurso da liberdade
Primeiro discurso de amar simplesmente...



Manoel Ferreira Neto
(Rio de Janeiro, 19 de julho de 2016)


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