#LIMITES E LÍRICAS NO OCEANO DA VIDA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ----

Assim dissera-me mestre França, numa Cantina da Savassi:

O que me vem ao pensamento,

O que preenche o vazio de por trás dele,

Ritmo de árias antigas,

Líricas de cânticos universais,

Lembrar-me a mim em silêncio e sigilo,

Carvalhos tem de desabar,

Enquanto a orla de sentimentos,

Quimeras do nada,

Esperam passar a brisa dos infortúnios,

Maresia dos tremores, temores e desesperos.

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Uni-verso de horizontes - a saudade

Do que de re-tornar não há

Outro uni verso - a esperança

Dos instantes que ad-virão

Dos momentos que hão-de ser;

No presente - em trevas sempre, ensombrado -

Existe a alma carente, cheia de ambição,

Entupigaitada de luxúrias e vaidades,

Na utopia voluptuosa,

No sonho extasiante

No verbo de chamas faiscantes

Do passado, futuro,

Compartilho os segredos de minh´alma,

Através de todas as terras de solo trincado, poeiras,

Através do Caraças das ansiedades da sabedoria e fé,

O sonho da fé e sabedoria postegou-se ao longo

Dos ensinamentos,

Contradições e nonsenses do desejo de destinar a fé,

Através de todos os pensamentos, ideias e ideais.

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Lateja-me aquela ternura verdadeira

Que, a despeito de toda labuta,

Faz a minha existência apetecida

E num canto bem reservado, escondido

Abrigo um mundo inteiro,

Acolho desejos de felicidade.

Liberdade é só outra palavra para nada a perder,

Você, discípulo, abre-se aos desejos de inventar,

Criar e recriar,

Nada não significa nada, querido discípulo, se não é livre,

Se não se cria o destino, se não se inscreve na tábua

Do pensamento o Silêncio do Ser,

Se sentir bem era fácil, meu Deus,

Sentir-me bem era bom o bastante para mim,

A liberdade de seguir o blues das contingências.

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A mais íngreme filosofia

É a daquele que verte pujantes lágrimas,

Repousa na grama viçosa

À margem esquerda do rio,

Soluços e suspiros,

Lastimando o percurso das águas.

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A fome insaciável do ser,

A criatura habita toda obra,

O mestre deve estar presente nas lições,

Nas contravenções, nos devaneios e desvarios,

Nas dores e sofrimentos,

Saudade, este sentimento de vazio,

Chego aos auspícios da colina,

Observo a paisagem da Ilha,

O panorama das montanhas à distância,

Desço à vertente dos ventos de leste

Tivesse eu aquela imensa,

Aquela luzência imortal,

Que toda luz emana e resume,

Limites e líricas no oceano da vida...

#RIO DE JANEIRO(RJ), 15 DE OUTUBRO DE 2020, 08:57 a.m.#