Graça Fontis PINTORA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O POEMA Mútuo Fruir Onírico de Amor e Poesia $$$


 

Que maravilha... já dissestes tudo o que é ser #Poeta, nesse seu jeito simplista e sofisticado único de poetar, meu amor, com palavras incisivas regadas de sensibilidade mais pura e verdadeira a tocarem fundo mente, coração e alma do ledor, então, por este, e os outros tantos de seus excelentes escritos, merecidamente... #PARABÉNS!♥️💯👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏💋💋💋💋💋💋💋💋💋

Graça Fontis

RESPOSTA AO COMENTÁRIO SUPRA

Ser poeta - o que é isto? Efetivamente não são versos enfileirados constituindo estrofes com algumas pitadas de palavritas sensíveis, idéias e pensamentos que instituem à estrutura sensibilidade. Isto está presente nestes hodiernos tempos, às pencas vale sublinhar. Não há poesia, e quem atrás dela está, quem a compôs, não é poeta, passa bem longe de ser isto.

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São esboços de uma Filosofia da Poesia, da Estética Poética que a custo de muitas dificuldades e reflexões estou tentando empreender, isto sim é o que estou fazendo. São reflexões para os tempos vindouros, não dizem nada para os nossos tempos, quem vai ler?, aliás são vistas como ridículos, isto porque os falsos poetas já colocaram a tiara da concepção e definição de poesia moderna, o vácuo de palavras.

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Não ensinei nem os meus alunos na Disciplina Redação na Faculdade de Filosofia a escrever, ali é uma questão de método e elucidação das intenções. Ensinar a escrever Poesia, a ser Poeta, não se ensina a ninguém. Há quem arranque as vestes e pisa em cima dizendo que estou querendo ensinar Poesia. Mera elucubração. Como escritor, intelectual, tenho de pensar as Letras, elucidá-las, tentar encontrar outros horizontes de sua feitura. Quem aprende a escrever sou eu, sou eu a ensinar-me a escrever a Arte Poética e Literária. Uma coisa é efetiva: não terei apenas cinco minutos de glória como escritor, depois esquecimento perene. Servirá no futuro como semente, húmus, sêmen de outros universos, outros modos e estilos de existir, viver a espiritualidade.

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A minha eterna gratidão, meu Amor, por seu reconhecimento, consideração por minhas "cositas" literárias, poéticas, ensaísticas, críticas. E vou eu pela estrada das Letras, vagabundeando pensares e sentires.

Manoel Ferreira Neto

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#MÚTUO FRUIR ONÍRICO DE AMOR E POESIA#

GRAÇA FONTIS: PINTURA

Manoel Ferreira Neto: POEMA

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Flora a solidão nas ondas do mar,

ondas lentas, o olhar delicia-se com os movimentos,

de alegria os linces brilham

na travessia lenta das performances,

figurinos de cenas,

de sentimento de realização e glória

as retinas faiscam de satisfação,

instante de sentimentos e emoções,

flora o silêncio no Bosque das Estrelas,

os seres vivos ou dormem ou exercem suas presenças

a coruja canta no galho do abacateiro,

a serpente destila seu veneno para a próxima vítima,

sapiente amor instrui-me a fruir de cada palavra

ainda úmida e impregnada de sono,

inda excitada de oníricas imagens e panoramas,

a essência captada,

o cerne dos desejos e esperanças assimilados,

elidindo sujeito e objeto,

o telúrio re-integra a minha essência,

o vedas desintegra as minhas razões,

o intelecto re-compõe as sombras,

Fá-las renascer luzes e faíscas de entregas,

o que re-velo e o mais que segue oculto,

nos interditos tempos de entrelinhas enveladas,

contemplam o nada vivido,

o tudo vivido,

o que não é poesia não tem fala,

o que não respira poesia não é livre, consciente

o que não sente amor não comunga mútuas estrofes,

versos, imagens, visões além do aqui e agora,

não traça na folha de Canson as perspectivas do porvir,

não dedilha as cordas da guitarra despertando

para o som da inspiração e intuição,

não sarrabisca na página das quimeras a carência

pura do amor que preenche os vazios, nadas, medos,

não representa nas películas de lendas e mitos,

realidades, esperanças, a alma de sentimentos,

o que não revela carícias de gestos no corpo dos ideais

de prazer e felicidade,

não lhe habitam as quimeras da leveza.

***

Resta-me a alegria de estar só, e mudo...

que energias, que chamas de sensibilidade e espírito

a poesia doa ao verbo do sonho "amar o sublime"?

que clímax, que prazeres a libido entrega à alma,

sem quaisquer intenções de reciprocidade de doação

- entrega livre, entrega desinteressada?

***

Poesia é música composta e executada no espírito,

Música concebida de elísias vontades do Ser,

Ilusões do Espírito da Liberdade,

Lácios desejos da Luz da Consciência,

No tempo as esperanças se tecem de sonhos e buscas,

De cores e querenças,

A ambiguidade do amor mútuo

É a poesia elidida dos sentimentos puros,

Das sensações inocentes e ingênuas,

A reciprocidade onírica do amor e poesia

É a pintura da comunhão entre o Espírito e o Ser,

Espírito da Imagem,

Ser dos Sonhos.

#RIO DE JANEIRO(RJ), 20 DE OUTUBRO DE 2020, 13:11 p.m.#

 

 

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