#TECLADOS DE INAUDITOS# GRAÇA FONTIS: FOTO(ARQUIVO) Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: POEMA



Céleres vertentes circunspectivando diademas,
Falácias, verborréias,
Do tempo que, no abismo, ascende os ventos
À superfície de campinas verdes
Às nuvens brancas
Que deslizam no celeste espaço
Da soleira da montanha,
Banhada das águas marítimas,
sentimentos vazios de nada,
emoções desconexas de sentido;
alumbrar
quimeras e ilusões
antes que a
consumação dos tempos patenteie-se
antes que as
últimas quimeras esvaeçam-se
vogando dispersas no
espaço invisível,
Assim os brilhos dos diademas conciliados aos de
campinas verdes
esplendem enigmas e mistérios,
salpicando as paredes da caverna
de pontos luminosos,
onde, inconteste, o silêncio reside,
nos interstícios da alma
a presença de íntimas perquirições
a investigarem
primevos preâmbulos das fantasias,
se até as areias da ampulheta
passam serenas,
passam os prazeres obtusos
do ter e ser;
Imagino as fantasias tornando-se sêmens
de sonhos, verbos das utopias
iluminando a liberdade
para a visão da luz
eivada de dons, talentos,
que artificia com sua arte natural
de despertar o que há de inédito
nos recônditos da inconsciência
nas grutas do medo,
ausência de coragem,
e alicia, bolina, assedia
as vozes a recitarem, declamarem
as inquietações, indefinições, incertezas,
ansiando por recriar
o que de delírios, devaneios
foram deixados ao léu,
cais para outras reflexões,
sim, luzidíssimas fantasias no mundo
em que caímos
sutis e suaves,
sorrindo nas benevolências,
no teclado das possibilidades
possíveis e proveitosas
na extensão do bem
rumo à felicidade, mesmo que neste repertório
haja impossibilidades e fatalidades,
feias ou disformes
no mesmo ar tênue e efêmero
do qual somos prisioneiros.
@RIO DE JANEIRO, 13 DE MARÇO DE 2020@

Comentários