ITAOCA DE DEVANEIOS E DELÍRIOS METAFÍSICOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA




Esperanças de ancestrais passagens por pontes levadiças ao ápice da colina,
Panorama e paisagem da terra, natureza,
Vale de quimeras onde as orquídeas lilases esplendem
Perfume dos sonhos eivados, retrospectivas do sublime,
Bosque de surpresas onde a grama viçosa,
Regada pelas águas das ondas marítimas,
Verdeja os linces das retinas e a visão con-templa
As sendas a serem conquistadas,
Mar de ilusões e intuições do advir nas ondas
Ao se esparramarem na praia
Seja alimento que revigore as forças e a coragem.
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Além de memórias esparsas eumanizando ausências e lapsos de desejos figuram solenes vertigens vazias, serenos vestígios dos sentimentos, emoções que germinam quimeras, suaves vertentes a a-nunciarem origens outras do tempo a percursar os instantes, a decursar o nada eivado de arbítrios do silêncio que emite sons do sublime, da solidão que presencia a neblina matutina a cobrir a montanha além mar, sonhando o porto aberto aos horizontes.
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Vazias as inspirações que compõem idílios habitados de verdades a metaforizarem preâmbulos do Ser, a metafísica do inter-dito aflora segredos e mistérios o mais abismático dos desejos esvaece nos interstícios das utopias.
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Imperfeitas as sorrelfas das palavras e verbos, soletro os vernáculos ancestrais da língua que concebe a esperança do Ser, pronuncio linguísticas e semânticas de vocábulos do eterno que gera as chamas das utopias do sublime espírito da vida.
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Becos solitários e silenciosos ao alvorecer de cerração conduzem passos a esmo das circunstâncias preliminares que anunciam íntimas introspecções do perpétuo precipício onde repousam inquietas perquirições do nada germinando idéias e sentimentos alvissareiros de glórias e conquistas.
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Fui do subúrbio dos indigentes, fui do bairro dos proscritos, fui das redondezas dos hereges, e uma coisa observei com percuciência: a vida de cada dia palmilha as poeiras do tempo sarapalhadas ao longo dos caminhos íngremes, vegetações rasteiras secas, à distância no fim das metafísicas da terra as metáforas dos vales inscrevem no espaço o ser-tao das contingências.
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Fonte inesgotável de virtualidades e possibilidades, jorrando metafísicas de êxtases lúdicos da liberdade. Correntezas deslizam velozes as caliências almáticas, carências subjetivas intuem presenças de inspirações à mercê de ventos leves a perpassarem interstícios, recônditos do tempo, maresias esvoaçam nos espaços e sendas da ilha, Itaoca de devaneios, Itaoca de fantasias do espírito, desejando sensíveis a sabedoria e a consciência do Ser.
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Ardente pulcritude, uma graça, uma virtude, antes do mito e do sol, onde as coisas da natureza nem de verdes fossem chamadas...
#riodejaneiro#, 19 de agosto de 2019#

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