Sonia Gonçalves ESCRITORA E POETISA COMENTA A PROSA POÉTICA /****FILOSOFICAMENTE FLASHES NOSTÁLGICOS CULMINAM EFEMERIDADE DO TEMPO**/


Belíssimo texto poético, querido Manu...Fiz uma viagem agora nestes teus "devaneios "Café com pão, manteiga não, café com pão e manteiga é BOM! Lembrei-me da minh' infância: era assim que eu brincava, achei ecos de músicas que estão na cabeça minha, sua e de tantos, "O que será que será que andam suspirando pelas alcovas..." Maria fumaça, tristezas que o trem vem, traz, leva e pelo tempo passa tudo e passamos também nós. Sinto a nostalgia que pelas madrugadas invade o poeta, o Homem, o escritor Manoel Ferreira Neto, mas isso é bom, pois assim saem esses belos textos tão apreciados pelos internautas leitores do mundo todo...Só tenho que agradecer mais esse, Manu.Grata pela postagem meu querido. Bjos mil, lindo Dia!



Sonia Gonçalves



**FILOSOFICAMENTE FLASHES NOSTÁLGICOS CULMINAM EFEMERIDADE DO TEMPO**
TÍTULO E PINTURA: Graça Fontis
PROSA POÉTICA: Manoel Ferreira Neto



Pretéritos do nada. Nada perfeito. Nada im-perfeito. Nada mais-que-perfeito. Subjuntivos do vazio. Vazio incondicional. Vazio futural. Vazio de infinitos uni-versais, uni-versal-izáveis. Gerúndios do ser. Cores vivas do arco-íris. Ribalta de sorrelfas cristalinas ascendem colóquios ad-nominados ao silêncio, solidão inscreve nas lácias palavras do medo as vacuidades do tempo, do inaudito, a surpresa do vazio preenchido de nonadas do desconhecido, o queixo caído do nada multiplicado de faces do absoluto, do ininteligível, olhos esbugalhados do efêmero re-vestido de infinitudes de glórias do indizível, a nihil inspiração da beleza à luz das trevas abissais, mágico teatro para a mauvaise-foi, nada do vazio-ser indicativo do ser-nada de pretéritos genéticos, ser do nada-vazio, subjuntivo de carências da alma, picadeiro de perdidas quimeras trans-lúdicas...
Café com pão, manteiga não, café com pão, manteiga não, "vagalume, lume, lume, teu pai, tua mãe estão aqui...", a Maria-Fumaça das tristezas, angústias corre nos trilhos solitários do destino, vagalume à janela, a noite transpassa segredos e mistérios, lágrimas pujantes, palavras sem fonemas, semânticas sem ritmos, melodias, linguísticas sem símbolos, signos, termos sem sílabas. Mineirices. Mineiridades. Mineiralidades. O trem de ferro hoje passa longe do centro da cidade. Ouço-lhe neste instante, longe, passando. No alvorecer o que será que será? Sem destino a tragédia do horizonte, uni-verso, infinito, ausência da pers de pectivas do abismo, preliminar da esperança. do ser-nada o verbo de pretéritos, concebendo o tempo infinitivo
de vers-ências do ad-vir, poematizando, poesi-alumiando de estrofes-entes de a-nunciadas vertentes efemerizadas nos instantes-limites, a sinfonia sin-crônica do efêmero-sonho da felicidade, da alegria, tecendo no útero do caos-cosmos a luz dia-lúdica do verbo "Pers-Ser"
Poesi-numinando de sentimentos do amor por vir o crepúsculo do paraíso perdido.



(**RIO DE JANEIRO**, 26 DE JANEIRO DE 2017)


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