**PLEINE UNI-VERSAL DE ITUDES** - Manoel Ferreira


Con-templar o mar ondulante,
Re-fletindo raios de sol,
Ouvir os pintassilgos em voos apaixonados
Inspirar o perfume da orquídea branca
Despetalando-se no alvorecer
Ouvir música serena, suave
Bailar no in-finito de paisagens oníricas...



Vai-e-vem de estrela cadente
Ora cintila como diamante
Ora esvaece no enigma do in-audito
Música e melodia bem cadenciados
Enchem minh´alma de ex-tases
Calando-se no junco brandas flautas de outono
No morro finda o vento do fim do dia.



Na floresta, há caminhos que,
Cerrados de vegetação,
Quase sempre se perdem
De chofre no in-trans-itado
Lenhadores e guardas da floresta
Conhecem os caminhos.
A floresta é a fluência do verdor,
Estendendo-se de verde
Até não verde
Através de articulações inesperadas
De sempre mais e sempre novas cores.



Na gênese, o verde se abisma em si mesmo
E neste abismar-se gera um coração
Que, desaparecendo no mistério do verdor,
Deixa aparecer todas as cores da realidade.



Manoel Ferreira Neto.
(05 de maio de 2016)


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