COMENTÁRIO DA AMIGA FRANCISCA APARECIDA DA SILVA AO TEXTO-POÉTICO /**POEMA-CARNE DO ESPÍRITO**/


POEMA-CARNE DO ESPÍRITO
Manoel Ferreira Neto.



Muitas vezes queremos apenas a quietude
o simples brilho de um olhar
o silêncio de um sorriso
o calor de um abraço
Aquele momento paixão
Cheio de sentimentos brandos e singelos
Estar num aconchego nos faz sentirmos únicos e eternos
Não importa o lugar, tudo se torna sublime e perfeito...



Francisca Aparecida da Silva



**POEMA-CARNE DO ESPÍRITO**



Con-vexas imagens trans-edênicas trans-in-fin-itivando pers lumin-escentes de pectivas a incidirem na paisagem do uni-verso coberto de neblina do alvorecer o lúdico da singela beleza da mais bela plen-itude, con-duzindo a alma que trans-cende a metafísica do ir além do tempo aos dons do Espírito da graça...
Não quero alcançar os longínquos planetas,
Nem a luz, nem as estrelas, nem a perfeição,
Nem o auspício do pico,
Nem o cume da montanha, encarando o futuro com re-flexão
Não quero o segredo do tempo,
Nem os mistérios inauditos do vento,
Nem os enigmas da pirâmide,
Nem a magia do verbo das estrelas,
Nem a mística do in-finito eivado do eros do eterno
Não quero a réstia de lua,
Nem a luz poética do espaço
Não quero con-templar na colina, onde a areia voa
E à toa vai facelando a vida de outros semblantes e fisionomias,
O encanto e o brilho
Do ocaso que esplende nas a-nunciações pequenas
A pureza do singelo, o oxigênio da vida...
Con-vexas imagens re-fletidas no espelho da metafísica do horizonte que inspira sentimento inefável, cada perspectiva tem a sua luz e cor, cada sonho tem sua realidade e oníricos idílios do absoluto, cada desejo tem sua verdade e o ser que lhe trans-cende, cada esperança tem sua luz e raios do além...
Não quero minha lucidez perdida no presente
Ou nalgum lugar do passado
Não quero estar em silêncio agora,
Apenas con-templando sentimento utópico, delírios
Não quero sentir a mais pura e livre leveza
Da sabedoria do sentimento que alimenta a alma,
Cada rio tem o seu curso,
Cada onda do mar tem a areia onde se espalhar,
Cada poiética do verbo de ser
Tem a dimensão da espiritualidade...
A vida é vida pura e simplesmente
E na pureza e simpleza da vida
A poiética da vida se faz no amor
Que trans-cende a poética das con-tingências
Que projeta no espelho verbo-poesia
O poema-carne do Espírito.



Manoel Ferreira Neto.
(05 de junho de 2016)


Comentários