ANÁLISE POIÉTICA DA AMIGA, ESCRITORA E POETISA ANA JÚLIA MACHADO AO TEXTO /**GENESIS DE POÉTICAS DO BELO**/


GENESIS DE POÉTICAS DO BELO.
Manoel Ferreira Neto



Há uma verdade sublime
Que é a preferível
Que Palanques, antecenas, estrados, ovações populares,
Que o fulgor deste planeta nebuloso,
Que ovação, fulgor, exultação, alegria, êxito.



Há uma verdade sublime
Que é mais transcendental, (a pertença à razão genuína, A priori, previamente a qualquer ensaio, e que estabelece uma circunstância prévia dessa experiência)
Que entendimentos, regozijo, júbilo,
Que locais de brio, venerações.



Há uma verdade sublime
Que é um revérbero do calidoscópio do amor,
Que é sublime, aprazível, calmo, fulgente,
Que é o observar do ser à cata de coloridos do perene que recheiem os ocos do nentes,



Ana Júlia Machado



**GENESIS DE POÉTICAS DO BELO**



Despedida... Lembranças... Recordações... Instantes de alegria, felicidade, prazer, na memória luzes do há-de vir de outros momentos, no presente, aqui e agora, sentimentos e emoções, iríadas dos sonhos perpassando o tempo, éresis das esperanças do uno-verso, verbos do eterno entrelaçados de gerúndios da felicidade. O que me foi - pretérito? Não pretérito, mas semente, o vir-a-ser de novos horizontes, o ad-vir de outros infinitivos da ribalta a luzirem de miríades dos desejos a plen-itude do sonho - verbo do amor, o porvir do orvalho a tocar as folhas viçosas da primavera, as pétalas suaves das flores a exalarem o perfume sublime, diário da sedução da carne e do espírito.
Despedida. Ladainha de sensações, volúpias, êxtases, os versos, estrofes esperando as palavras tocarem o íntimo das saudades, vontades de outro encontro, cântico do pleno, canção do ser que se torna verbo, do não-ser que se torna travessia de nonadas para o além de contingências figuradas de buscas e querências. Despedida. Início do genesis. Aceno de ilusões, fantasias. Genesis do início. É devagar, devagarinho que na continuidade dos desejos, vontades, sonhos, esperanças que se chega, que se realiza o reencontro, com outras utopias do verso amar do verbo, idílios do amor-estrofe que se pro-jeta de luzes no soneto do "é amor... é paixão, é você a essência da vida"
Ainda que soubesse as mineirices do amor nada seria sem as paulicéias do espírito, sem as pauliríadas da alma. Início da genesis. Genesis do início.
Penumbras de genesis deslizam suaves, serenas nas bordas do infinito, luzes distantes, longínquas cintilam nas nonadas do tempo início das genesis, esplendendo no espaço de poéticas do belo e verdade o sonho do infinito delineado de perspectivas numinosas do perene, tempo de graças no eidos do espírito, tempo de júbilos nos interstícios da alma, tempo de glórias na poesia do amor. Início das genesis, nos versos in-versos da plen-itude de sentimentos e emoções pervagam símbolos, signos do ser à busca de iríadas do eterno que preencham os vazios do nada, que solsticiem no crepúsculo do efêmero, começo do eterno, o oriente verso-uno das estrelas a iluminarem as trevas que circundam as bordas do silêncio, os ocasos que habitam o núcleo da solidão, e no início do silêncio desértico o re-nascer das dimensões trans-cendentes, e no entardecer da inspiração do soneto-verdade do espírito a concepção das in-verdades da melancolia, nostalgia que, perpassadas de anunciações do sublime, giravam o catavento nos auspícios da montanha solitária no vale das ilusões, quimeras, fantasias, miríades do absoluto performando o baile das essências notívagas, no corpo do mundo as contingências do nada.
Metafísicas dos vazios. Poesia das pontes partidas. Metáfora de nonadas. Taos de veredas por onde as esperança trilham as veredas da vacuidade no desejo do além prefigurado de sinestesias do aquém.
Clima ameno de inverno, suavemente as folhas das árvores balançam à mercê do vento, raios de sol sereno nos solsticios do espírito numinam os hares do krishna dos pensamentos que trans-versam de inícios o genesis do caos que se tornou cosmos, a genesis do início que se tornou carne-verbo na sedução trans-viada do tempo-ser, aquilo mesmo de "As folhas caem... o inverno já chegou..." no ritmo e melodia da alma pulsando no peito as éresis do soneto de amor, no sono as linguísticas da imagem anunciando as pers do sonho.



Manoel Ferreira Neto.
(06 de junho de 2016)


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